Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9704

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBEX
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro UFV
Primeiro autor Camila Stefany Carvalho Ribeiro
Orientador ANDREIA QUEIROZ RIBEIRO
Outros membros Joice da Silva Castro, Kíllya de Paiva Santos
Título Promoção da alimentação saudável entre idosos: uma experiência baseada na pirâmide alimentar
Resumo As transições demográfica, epidemiológica e nutricional que ocorrem no Brasil caracterizam-se pelo aumento da população idosa e da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis nesse grupo. Diante disso, são fundamentais estratégias que promovam saúde e qualidade de vida no envelhecimento. O presente projeto, iniciado em abril de 2018, tem por objetivo utilizar a pirâmide alimentar brasileira na promoção da alimentação saudável em idosos participantes do Programa Municipal da Terceira Idade (PMTI) em Viçosa (MG). Para tanto, são realizadas oficinas semanais de educação alimentar e nutricional no PMTI. Utilizam-se técnicas de exposição dialogada e atividades lúdicas na abordagem do conteúdo, valorizando recursos da realidade dos idosos para facilitar o aprendizado e a troca de experiências. As oficinas tem duração de uma hora e periodicamente é feita uma avaliação. Participam das oficinas 17 idosos, dos quais 14 são mulheres, com idade média de 70,2 anos (dp=6,3 anos) e 13 possuem, no máximo, ensino fundamental incompleto. Até o momento, foram abordados os grupos de cerais, frutas, hortaliças, leguminosas, oleaginosas e carnes. Mais de 87,0% dos idosos concordam que a pirâmide alimentar pode ajudar nas escolhas adequadas dos alimentos no supermercado. Sobre o grupo dos cereais, todos compreenderam que estes compõem a base da pirâmide e incluem alimentos como batata, mandioca, arroz e pães, que diabéticos podem consumir mandioca e beterraba e que carboidratos, quando absorvidos, viram açúcar. Em relação às fibras, a totalidade dos idosos reconhece que elas melhoram o trânsito intestinal e precisam de água para agir adequadamente. Mais de 87,0% relembraram que elas estão presentes, principalmente, em alimentos integrais e ajudam no controle do diabetes e colesterol, além de estarem presentes nas frutas (100%) e hortaliças (100%). Quanto as hortaliças, 50% lembraram o nome de 4 hortaliças das 5 abordadas; todos se lembraram que são plantas cultivadas em hortas e que são essenciais para o funcionamento do corpo humano por possuírem vitaminas e minerais. Sobre o grupo das frutas, 54,5% dos participantes reconheceram todas as frutas abordadas na oficina e todos relembraram que seu consumo diário é importante. A grande maioria lembrou que são alimentos reguladores por agir na regulação do corpo humano, proteger de doenças e todos se lembraram de que a recomendação é de 3 porções diárias. Por outro lado, parte considerável dos idosos (11 a 13) não associou o tamanho da base da pirâmide alimentar à proporção que os alimentos que a compõem devem ser consumidos e não recordou que carboidratos simples são de fácil absorção e não são encontrados em alimentos integrais. Durante as oficinas, observa-se participação ativa dos idosos com questionamentos, relatos de experiências e pouca resistência quanto a desconstrução de tabus alimentares. Os resultados sugerem a viabilidade da pirâmide alimentar como um guia na promoção da alimentação saudável em idosos.
Palavras-chave Idosos, educação alimentar e nutricional, qualidade de vida.
Forma de apresentação..... Oral
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