Resumo |
O Estado de Minas Gerais apresenta potencial para expandir a produção de Coffea canephora, visto que possui extensas áreas aptas ao cultivo desta espécie, podendo-se citar, parte das regiões da Zona da Mata. Contudo, ainda não há materiais genéticos recomendados para o Estado, tornando-se necessária a avaliação de genótipos visando a seleção daqueles que apresentam melhor adaptação às regiões mineiras, favorecendo assim o seu cultivo. Nesse contexto, o melhoramento genético desempenha um importante papel identificação de genótipos superiores. O Programa de Melhoramento Genético de Coffea canephora desenvolvido pela EPAMIG/UFV/Embrapa Café está trabalhando na busca de genótipos que possam compor futuras populações visando o desenvolvimento de cultivares adaptadas a Minas Gerais. O objetivo do trabalho foi avaliar e selecionar genótipos de café conilon mais produtivos e resistentes às doenças, cultivados em Oratórios, MG. O experimento foi instalado em 2012 no Campo Experimental da EPAMIG em Oratórios, envolvendo 20 famílias de Coffea canephora em delineamento experimental de blocos casualizados com sete repetições e parcelas experimentais constituídas de cinco plantas. O espaçamento utilizado foi de 3,0 x 1,0 m. As variáveis estudadas foram: vigor vegetativo, reação à ferrugem, à cercospora, altura média das plantas, diâmetro médio da copa das plantas, tamanho de frutos, época e uniformidade de maturação e produtividade em sacas beneficiadas por hectare. As análises estatísticas foram realizadas com o auxílio do programa computacional em genética e estatística GENES. Estas análises foram realizadas sem o interesse em informações dentro da parcela, sendo utilizada a média das plantas da parcela para representar o genótipo em cada bloco. Na análise de variância apenas as variáveis reação à cercospora e altura das plantas não foram significativas. Pelo teste Scott-Knott, para a variável maturação, as famílias foram agrupadas em três grupos, para as demais variáveis em dois grupos. Para o vigor das plantas, o grupo menos vigoroso foi composto pela família 5. As famílias que apresentaram as menores incidências de ferrugem foram 19, 7, 8, 18, 13, 10 e 6. Para a variável diâmetro da copa, as famílias 3, 8, 16, 6, 4, 10, 1, 11, 9 e 20 foram as que apresentaram os maiores diâmetros. Quanto a maturação, as famílias que se apresentaram mais precoces foram 5, 9, 20, 16, 15, 2, 17 e 13. Os maiores frutos foram produzidos pelas famílias 18, 13, 11, 1, 12 e 16, e as famílias 3, 4, 6, 18, 10, 2, 8, 9, 12, 1, 13, 11, 14, 20, 15, 16, 7, 19 as mais produtivas. Conclui-se, portanto, que as famílias 19, 7, 8, 18, 13, 10 e 6 apresentaram as menores incidências de ferrugem e as famílias 3, 4, 6, 18, 10, 2, 8, 9, 12, 1, 13, 11, 14, 20, 15, 16, 7, 19 as mais produtivas, sendo mais promissoras para compor futuras populações visando o desenvolvimento de cultivares adaptadas a Minas Gerais. |