Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9690

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Microbiologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Dalila Luzia de Oliveira Soares
Orientador WENDEL BATISTA DA SILVEIRA
Outros membros Fernando Augusto da Silveira, Lorena Azevedo de Lima, Thércia Rocha Balbino
Título Caracterização fisiológica de linhagens mutantes de Kluyveromyces marxianus CCT 7735 tolerantes ao etanol
Resumo Kluyveromyces marxianus é uma levedura termotolerante capaz de assimilar um amplo espectro de açúcares e produzir biomoléculas de interesse industrial tais como etanol, compostos aromáticos e enzimas. Além disso, essa levedura é o organismo eucarioto que apresenta as taxas de crescimento mais elevadas, demonstrando o seu potencial para aplicações em bioprocessos. A linhagem de K. marxianus CCT 7735, anteriormente designada UFV-3, foi isolada de uma indústria de laticínios de Minas Gerais em função da alta atividade da enzima β-galactosidase. Essa levedura também é capaz de converter a lactose do permeado de soro de queijo e de ricota, subprodutos abundantes da indústria de latícinios, em etanol com altos rendimentos. Porém, o seu crescimento é inibido em concentrações de etanol a partir de 4% (v/v). Recentemente, 4 linhagens mutantes de K. marxianus CCT 7735 tolerantes ao etanol foram obtidas por adaptação evolutiva em laboratório pelo nosso grupo de pesquisa. Objetivou-se com este trabalho, realizar a caracterização fisiológica dessas mutantes para avaliar se ocorreu a perda de fenótipos relevantes para a produção de etanol. Para avaliar a termotolerância e a capacidade de crescimento em meio com etanol, as linhagens foram estriadas em meio ágar YPL (extrato de levedura 1%, peptona 2%, lactose 2% e ágar 2% m/v) sem etanol e com etanol nas seguintes concentrações: 5, 6, 7 e 8% (v/v). As placas foram incubadas à 37, 45, 48, 50 e 52ºC. Os parâmetros fermentativos foram determinados a partir dos cultivos das linhagens selvagens (parentais) e mutantes em 100 ml de meio definido Yeast Nitrogen Base (YNB) 0,67% (m/v) contendo 2% (m/v) de lactose (YNBL). A cada hora, durante 24h, foram retiradas alíquotas para fazer a leitura da Densidade Ótica (DO)600nm e análise de metabólitos por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC). Para a determinação de massa seca das linhagens evoluídas, as células foram inoculadas em meio YNBL. Seis diluições foram realizadas para leitura da D.O600 nm e distribuiu-se 15 ml das culturas em 3 cadinhos, os quais foram deixados em estufa para secar e então quantificar a massa das células. Observou-se uma considerável diferença de crescimento entre as linhagens selvagens e mutantes em 5% (v/v) de etanol à 45ºC. Por outro lado, o crescimento das linhagens mutantes e selvagens foi similar à 37ºC. Em geral, a velocidade específica de crescimento, as taxas específicas de consumo de lactose e produção de etanol, a produtividade volumétrica e o rendimento de etanol foram similares entre as linhagens selvagens e mutantes. Contudo, a linhagem mutante 4 se destacou por apresentar a maior taxa específica de produção de etanol. Portanto, conclui-se que as linhagens mutantes apresentaram maior resistência ao etanol e mantiveram as suas características fermentativas. Além disso, as linhagens mutantes não perderam a característica de termotolerância.
Palavras-chave Kluyveromyces marxianus, tolerância ao etanol, adaptação evolutiva em laboratório
Forma de apresentação..... Painel
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