Resumo |
Ao observar diversos problemas com relação ao rendimento dos alunos em diferentes avaliações da disciplina de Matemática, seja de forma positiva ou negativa, iniciou-se a discussão sobre a possível causa dessa situação, que poderia ser resultado não só do preparo dos estudantes para a prova, mas da qualidade da avaliação em si. Dessa forma, a pesquisa teve como objetivo fazer uma análise estatística de uma avaliação de matemática aplicada aos alunos do 3° ano do Ensino Médio do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (CAp - COLUNI). Foi realizado um estudo englobando as principais teorias de avaliação utilizadas nos últimos anos e verificou-se que a teoria mais adequada ao projeto seria a Teoria Clássica dos Testes (TCT), por necessitar de um reduzido número de respondentes ao teste e a facilidade na manipulação e interpretação dos seus índices. Para essas análises, utilizou-se o software estatístico R, por ser um software livre e de fácil manipulação. Dessa forma,, foi possível calcular os índices de dificuldade, discriminação, a correlação bisserial e o coeficiente alpha de Cronbach. Após a análise, foi constatado que a prova aplicada possuía uma moderada deficiência, uma vez que os índices encontrados não estavam dentro do esperado. No geral, a avaliação apresentou um número excessivo de questões do tipo fáceis e poucas questões difíceis, o que gerou uma discriminação entre os itens avaliados bem abaixo do que os valores considerados como ideal. Por conta disso, a prova não possuiu um caráter seletivo, ou seja, não testa bem a aptidão dos estudantes perante àquele assunto. Assim, é possível dizer que as discrepâncias observadas entre os resultados sugerem que os itens não foram bem formulados e propõe-se uma revisão/reformulação dos mesmos, para que possam ser reutilizados em um outra avaliação. Dessa forma, cabe ressaltar que embora a TCT seja uma teoria respeitada e bastante utilizada, outros fatores devem ser considerados na análise dos resultados dos respondentes em um teste, já que a mente humana é extremamente complexa e uma análise aplicada sobre suas características sempre resulta em alguma imprecisão. |