Resumo |
O feijão-mungo-verde (Vigna radiata L.) é uma leguminosa granífera cultivada principalmente na Ásia. No Brasil, observa-se um aumento da produção em decorrência da crescente demanda por brotos de feijão. Algumas linhagens de feijão-mungo-verde podem apresentar dormência devido à impermeabilidade do tegumento de suas sementes à entrada de água (sementes duras), o que pode tornar o teste de germinação ineficaz para avaliação imediata da viabilidade das sementes, sendo necessário o desenvolvimento de métodos mais eficientes. Portanto, objetivou-se neste trabalho propor a utilização do teste de tetrazólio como um teste complementar ao teste padrão de germinação, na avaliação da viabilidade de sementes de feijão-mungo-verde. Foram utilizados quatro lotes de sementes de feijão-mungo-verde, dois lotes da cultivar Esmeralda e dois lotes da cultivar Camaleão. As sementes de cada lote foram caracterizadas quanto ao teor de água, germinação, primeira contagem de germinação, emergência de plântulas, germinação sob baixa temperatura, emergência e condutividade elétrica. Após a caracterização dos lotes, as sementes foram submetidas ao teste de tetrazólio. Primeiramente foi realizado um pré-teste com o intuito de escolher o melhor tempo de pré-condicionamento (16 e 24h), temperatura (20 e 25oC), concentração do sal de tetrazólio (0,1%; 0,075%; 0,05%), e tempos de coloração (90, 120, 150 e 180 min). Nas avaliações, as sementes foram classificadas em dois grupos: viáveis e não-viáveis. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, e as médias comparadas pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. A metodologia recomendada para o pré-condicionamento das sementes é 16h de embebição à 25oC. A coloração deve ser feita por meio da imersão das sementes em solução com concentração de 0,075%, por 150 minutos. Apesar de essa metodologia ter sido eficiente para permitir a coloração adequada das sementes, bem como a visualização das estruturas internas, os dados obtidos com o teste de tetrazólio não foram coerentes com os obtidos no teste de germinação. Assim, concluiu-se que há necessidade de novos ajustes na metodologia antes de ela poder ser recomendada para avaliar a viabilidade e vigor de sementes de feijão-mungo-verde. |