Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9679

ISSN 2237-9045
Instituição Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Talita Oliveira Maciel Fontes
Orientador MARIA VERONICA DE SOUZA
Outros membros Ana Karina Argumedo Jimenez, Andressa Brito Damaceno, Arthur Neves Passos, Rachel de Andrade Tavares
Título Utilização da ferradura justura francesa para tratamento da síndrome navicular em equino da raça Mangalarga Marchador
Resumo O osso navicular, apesar de ser uma pequena estrutura, é causa frequente de dor na região distal do membro do equino. É um componente da articulação interfalangeana distal (AID). Devido a sua localização, é submetido a pressão excessiva, particularmente por alteração na biomecânica do membro, principalmente em animais com “quartela” (falanges proximal e média, e articulação interfalangeana proximal) demasiadamente vertical e/ou talões muito baixos, uma vez que possibilita excessiva carga na região. Ressonância magnética comprovou que a síndrome do osso navicular, normalmente bilateral, pode comprometer não apenas o osso, mas também os ligamentos colaterais e bursa do osso, tendão do músculo flexor digital profundo, ligamento ímpar, AID, entre outras estruturas. O objetivo deste trabalho foi relatar caso clínico de uma égua Mangalarga Marchador atendida do Hospital Veterinário (HOV) da Universidade Federal de Viçosa com a histórico de claudicação crônica e intermitente, sem resposta ao tratamento com anti-inflamatório não esteroidal, e tratada no HOV com a ferradura justura francesa. Durante exame físico foi constatado que os talões estavam bastante baixos, com ruptura palmar do eixo podofalângico. Exame em dinâmico, após flexão das articulações da região distal dos membros torácico esquerdo (MTE) e, posteriormente, do direito (MTD), o equino passou a claudicar em grau 3 na marcha (classificação da American Association of Equine Practioners). Na sequência foi realizado bloqueio anestésico dos nervos digitais palmares, o que resultou em uma resposta parcial ao mesmo. No entanto, no bloqueio dos nervos palmares e metacárpicos palmares, houve redução em 80% da claudicação, particularmente do MTE. Exame radiográfico (projeção palmaroproximal-palmarodistal) revelou aumento da invaginações sinoviais e perda da transição córtico-medular. Um dos tratamentos foi a infiltração de ácido hialurônico (20 mg) na AID. Uma segunda administração da droga foi realizada após 15 dias, juntamente com acetato de triancinolona (10 mg), sendo ambos na AID. Entretanto, como se trata de uma afecção associada a biomecânica inadequada durante a fase de apoio do casco no solo, casqueamento buscando o equilíbrio no eixo podofalângico, e o ferrageamento, para distribuição mais uniforme da carga no casco, ou mesmo facilitar a saída do mesmo do solo são necessários. Nesse contexto, foi utilizada a ferradura tipo justura francesa que possibilita a mais rápida saída do casco. O procedimento cirúrgico neurectomia, não estava indicado, uma vez que a resposta ao bloqueio dos nervos digitais palmares não resultou em adequada redução da sensibilidade após administração do anestésico. É possível que o animal não tenha apenas o envolvimento isolado do osso navicular, mas também alterações de estruturas moles, conforme mencionado pela literatura científica. A justura francesa é uma ferradura adequada uma vez que não limita o movimento dos talões como outras preconizada para a síndrome.
Palavras-chave osso sesamóide distal, biomecânica dos membros, exame radiográfico
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,61 segundos.