Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9673

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Rachel de Andrade Tavares
Orientador MARIA VERONICA DE SOUZA
Outros membros Aline de Oliveira Ferreira, Andressa Brito Damaceno, Arthur Neves Passos, EMILY CORRENA CARLO REIS
Título Fratura em lasca na região distal do osso metatarsico III e primeira falange de equino - relato de caso
Resumo É amplamente conhecida a elevada frequência de afecções no sistema locomotor dos equinos que ocasiona prejuízo financeiro e, em ocasiões, retirada precoce do animal da atividade esportiva. A região distal do membro na espécie é bastante suscetível a fraturas, o que se deve, em parte, a ausência de cobertura muscular. O objetivo desse resumo foi relatar a ocorrência de fratura em lasca em um Mangalarga Marchador de cinco anos de idade, atendido no Hospital Veterinário (HOV) da Universidade Federal de Viçosa com histórico de aumento de volume em articulação do membro pélvico direito (MPD) e claudicação. O problema havia ocorrido 13 dias antes, quando o animal escoiceou o caminhão onde seria transportado para participar de um concurso de marcha. Foi administrado na propriedade fenilbutazona e dexametasona (cinco dias). Portanto, um anti-inflamatório não esteroidal e um corticoide ao mesmo tempo. Aplicação tópica de gelo e dimetilsulfóxido (10 dias) e injetado via intravenosa dimetilsulfóxido a 10% (dois dias). Não houve resposta à terapia. Durante o exame físico no HOV foi constatado aumento de volume na articulação metatarsofalangeana (MTtF) do MPD (principalmente na superfície medial), de consistência firme e sem aumento de temperatura. Durante exame em dinâmico, flexão da articulação afetada resultou em claudicação em grau 4/5 (classificação da American Association of Equine Practioners). Diante da gravidade da resposta a prova de função articular, não foram realizados bloqueios anestésicos, uma vez que, dependendo do problema, ocorre piora do quadro. Nesse contexto, foram feitos exames de diagnóstico por imagem. Exames radiográfico e/ou ultrassonográfico revelaram quatro fraturas em lasca oriundas da superfície medial e lateral do osso Metatarsico III, associada à tenossinovite da bainha dos tendões dos músculos flexores digitais e desmopatia do ligamento colateral medial (LCM) da MTtF do MPD. Embora as fraturas em lascas não apresentem um prognóstico mau, a localização dos fragmentos dificulta a retirada dos mesmos, devido ao difícil acesso cirúrgico no local. Além disso, procedimento cirúrgico nessa região pode resultar em lesão de estruturas moles, o que não está recomendado. Portanto, o tratamento inicialmente preconizado foi para a desmopatia do LCM e tensossinovite, sendo recomendado por via tópica, pomada a base de dimetilsulfóxido com diclodenaco de dietilamônio. Adicionalmente, exercício físico controlado, ao passo por pelo menos durante três meses. De acordo com o proprietário, houve marcada redução do aumento de volume e melhora em relação da claudicação. O animal está sendo mantido em observação e realizando a atividade física preconizada. Esse relato ressalta a importância no adequado manejo de um equino durante o embarque e desembarque de caminhões. Um simples coice foi suficiente para causar lesões que podem comprometer o futuro atlético de um animal com apenas cinco anos.
Palavras-chave cavalo, articulação metararsofalangeana, fragmentação óssea
Forma de apresentação..... Oral
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