Resumo |
A alimentação saudável na infância e na adolescência é grande promotora de saúde e previne diversas doenças a curto e longo prazo. Iniciar ações de educação alimentar e nutricional desde a infância, num cenário de pobreza e desigualdade social e com tendências para maior acesso aos alimentos processados e ultraprocessados, é de extrema importância para garantir que as crianças conheçam e se familiarizem com os benefícios de uma alimentação saudável, prazerosa e balanceada, a fim de garantir saúde para essas crianças e evitar problemas posteriores como sobrepeso e obesidade. O objetivo deste trabalho é avaliar o impacto das oficinas de educação alimentar e nutricional (EAN) no estado nutricional das crianças atendidas pela APOV em Viçosa, Minas Gerais. As oficinas educativas constroem e consolidam o conhecimento juntamente com as crianças com foco no autocuidado, na higiene e na alimentação saudável. Tendo como base os pilares da educação propostos pela UNESCO (aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser), as oficinas são organizadas e planejadas de acordo com a idade, o contexto de vida e com foco na singularidade e as múltiplas inteligências das crianças. Baseadas na pedagogia de projetos, seguem as recomendações do novo Guia alimentar para a população brasileira, de modo claro e lúdico para as crianças. Das noventa e sete crianças avaliadas no ano de 2017, 9% delas apresentaram obesidade e 11% apresentaram sobrepeso. Contudo, das crianças que apresentaram sobrepeso, 91% delas conseguiram chegar a eutrofia no primeiro semestre de 2018. Já das crianças com Obesidade, nenhuma chegou a eutrofia até então. Até o momento, verifica-se que nossas ações estão surtindo efeito com resultados satisfatórios no estado nutricional das crianças. Com isso, concluímos que, trabalhar desde a infância a respeito do autocuidado, higiene e da alimentação saudável pode trazer benéficos no estado nutricional e consequentemente nas condições de vida e saúde dessas crianças. |