Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9662

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Lucas Moureira Lopes dos Santos
Orientador EUGENIO EDUARDO DE OLIVEIRA
Outros membros Álvaro Domingues Ataide, Johan Sebastian Perez Campos, Nádylla Regis Xavier de Oliveira, Wilson Rodrigues Valbon
Título Comendo com os olhos: redução na capacidade predatória do percevejo aquático Belostoma anurum na ausência de luz
Resumo O ambiente é um fator preponderante para insetos predadores e qualquer alteração na percepção da presa pode comprometer o sucesso do forrageamento. Desta forma, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar se a ausência de luz altera a capacidade predatória da barata d’água, Belostoma anurum (Hemiptera: Belostomatidae) em predar larvas de Aedes aegypti (Diptera: Culicidae). Para isso, foram utilizadas ninfas de segundo ínstar de B. anurum e larvas de quarto ínstar (L4) de A. aegypti, ambas oriundas de criação estabelecida em laboratório. Ninfas de B. anurum foram transferidas individualmente para frasco de vidro contendo 100 mL de água destilada em duas condições: ambiente com presença (i.e., controle) e ausência de luz. No tratamento ausência de luz, os frascos foram encapados com papel adesivo Contact® de coloração preta e coberto por tecido preto, de modo a impedir a passagem de luz. Nós utilizamos larvas de A. aegypti em duas densidades (i.e., 20 ou 60 larvas/100 mL de água) e quantificamos o número de larvas predadas a cada 24 h, durante quatro dias consecutivos. As densidades de larvas eram restabelecidas no final de cada avaliação. Para cada combinação ambiente e densidades de larva, nós utilizamos oito repetições. Os dados foram analisados utilizando ANOVA com medida repetida no tempo. Nossos resultados mostraram que ninfas de B. anurum tem a capacidade predatória alterada na ausência de luz. No ambiente com ausência de luz o número de larvas de A. aegypti predadas por B. anurum foi reduzido em ambas densidades (P < 0,05). No entanto, na maior densidade larval (i.e., 60 larvas/100 mL de água), o efeito do ambiente foi mais proeminente reduzindo a capacidade de predatória de B. anurum à metade do que estes insetos realizam na presença de luz. Nossos achados sugerem que ninfas de B. anurum dependem efetivamente da percepção visual para o sucesso do forrageamento. Assim, em ambientes com ausência de luminosidade, potencias presas podem ser favorecidas e escapar do predador.
Palavras-chave forrageamento, percepção visual, Aedes aegypti
Forma de apresentação..... Painel
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