Resumo |
O método mais utilizado para a definição da idade técnica de corte (ITC) de povoamentos de eucalipto, em essência a idade em que ocorre o máximo do incremento médio anual (IMA), não considera outros aspectos, em relação ao solo e às arvores, que variam em função da idade do povoamento, como a eficiência de uso de nutrientes (CUB), a alocação de nutrientes e de biomassa, a densidade da madeira, esta uma das características mais importantes de qualidade da madeira e diretamente relacionada à produção de matéria seca. O objetivo principal do trabalho é propor uma abordagem alternativa para a determinação da ITC considerando, além do IMA, o CUB, o acúmulo de biomassa e de nutrientes nos compartimentos das árvores, e o balanço nutricional no sistema solo-planta, em função da idade. Além disso, o estudo visa comparar a eficiência nutricional e a exportação relativa de N, P e K em diferentes idades, a fim de calcular a economia de fertilizantes obtida ao se atrasar a idade de corte. Foram obtidos dados de povoamentos dos híbridos clonais de Eucalyptus grandis x E.urophylla ("urograndis") da Fíbria. Foi calculado o (IMA) e o incremento corrente anual (ICA) em volume e biomassa de tronco. Em seguida, foram obtidos os índices de eficiência de utilização de nutrientes (CUB e CUB modificado) e a exportação de nutrientes relativa à produção de tronco e lenho. Foi feito o cálculo de fertilizantes utilizados para o estabelecimento do povoamento e para a reposição dos nutrientes exportados pela colheita. Conclui-se que: se considerado a biomassa ao invés do volume para decidir a ITC com base no método de cruzamento de curvas (IMA x ICA), a idade de corte aumenta em torno de 1 ano; ocorre o aumento da eficiência nutricional (CUB e CUB modificado) e redução da exportação relativa com a idade; os custos de extração e exportação relativos à produção de tronco diminuem com a idade; ao atrasar a idade de corte em 3 anos (de 6 para 9 anos) e mantendo a casca no campo, a economia de fertilizantes foi de R$ 2125 por hectare. |