Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9633

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Presidente Antônio Carlos - Campus Lafaiete
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Ana Caroline de Mattos Nascimento
Orientador Leticia Callovi de Carvalho
Outros membros Paula Baêta da Silva Rios Turquete, Tassiane Aparecida da Paixão Resende
Título Atresia anal: prognóstico favorável em diagnóstico e intervenção cirúrgica precoce – relato de caso
Resumo A atresia anal é uma condição que ocorre em filhotes de cães e gatos na abertura do ânus e do reto, resultando no fechamento da saída anal e/ ou uma saída anormal das fezes por meio da vagina ou pela uretra, formando a fístula retovaginal, causando uma descompensação importante e um crescimento retardado pela falta de absorção dos nutrientes. Os sinais clínicos variam entre tenesmo, ausência de fezes, ausência da abertura do ânus, distensão abdominal ou incontinência fecal persistente pela vagina. O diagnóstico é basicamente clínico. O tratamento é a correção cirúrgica. O presente trabalho relata dois casos atendidos na Policlínica Veterinária – Unipac Lafaiete: o primeiro caso é de uma cadela da raça Foxhound Americano de 10 dias de idade, pesando 850g, com histórico de defecação pela vulva. O proprietário percebeu que a paciente defecava pela vulva aos cinco dias de vida. Baseado no histórico e exame físico foi diagnosticada atresia anal com fistula retovaginal e encaminhada ao procedimento cirúrgico de anoplastia. A veia cefálica do animal foi puncionada com cateter no 22, foi realizada a medicação pré anestésica com morfina 0,5mg/kg/ intramuscular, para a indução anestésica foi utilizado isoflurano com máscara, o animal foi entubado com tubo endotraquel no 2 e mantido com isofluorano no circuito semi -aberto. A anoplastia foi realizada com incisão de pele com bisturi em formato de cruz, divulsão até identificação da mucosa retal, incisão da mesma e sutura com fio de náilon 4-0 envolvendo mucosa e pele, em padrão simples separado. No pós-cirúrgico imediato foi realizado dipirona (25mg/kg/IV). Aos dez dias após a cirurgia, a cadela apresentou uma boa evolução, estando com fezes em padrões normais de lactante e total cicatrização da ferida cirúrgica, possibilitando a retirada dos pontos. O segundo caso é de uma cadela da raça Pinsher, com 55 dias de idade, pesando 450g, com histórico de defecação pela vulva. A proprietária relatou que a filhote urinava e defecava pelo mesmo orifício, que um dia antes da consulta mudou a dieta, oferecendo-a patê, e que após apresentou incontinência fecal diarréica e apatia. No exame físico observou-se dor à palpação abdominal e ausência do orifício anal com fístula retovaginal. Foi prescrito dipirona 1 gota/BID/7 dias e amoxiclina com clavulanato 20mg/kg/BID/ 7 dias. A cirurgia foi agendada para sete dias após o atendimento. Três dias após a consulta o animal retornou com nova fístula ao lado da região anal e houve piora no quadro da paciente com prostração e anorexia, evoluindo ao óbito. Em razão disso, pode-se observar que o diagnóstico e a intervenção cirúrgica precoce geram uma melhora no prognóstico. Embora o prognóstico fosse desfavorável e a mortalidade cirúrgica elevada, devido as pacientes serem jovens e apresentarem más condições físicas, o que aumenta os riscos anestésicos e cirúrgicos, no caso relatado da paciente Foxhound Americano superou-se as expectativas da literatura.
Palavras-chave anoplastia, fístula retovaginal, incontinência fecal
Forma de apresentação..... Oral
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