Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9630

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Paulo Henrique Neves
Orientador JACKSON VICTOR DE ARAUJO
Outros membros ARTUR KANADANI CAMPOS, Guilherme Costa Fausto, SAMUEL GALVAO DE FREITAS
Título Controle biológico de parasitos gastrintestinais em equinos através de formulação com o fungo nematófago Duddingtonia flagrans
Resumo A equideocultura é um importante segmento no setor agropecuário nacional e se depara com alguns desafios sanitários, como as verminoses, que resulta principalmente em perda de produtividade. Atualmente, o controle parasitário é feito com drogas anti-helmínticas, prática que trás a tona a problemática da resistência aos princípios ativos tradicionalmente utilizados. Visto isso, medidas alternativas como o controle biológico por meio de fungos nematófagos são de extrema importância para o combate ambiental da carga parasitária. O trabalho tem como objetivo avaliar o fungo Duddingtonia flagrans administrado a partir de uma formulação veiculada por farelo de arroz sobre a carga parasitária dos animais. O isolado foi mantido na micoteca do laboratório de Parasitologia da UFV. Para obtenção do micélio foram retirados repiques do meio de cultura e passado para frascos Erlenmeyers contendo meio líquido dextrose a 2%. Posteriormente o micélio foi filtrado e acondicionado a 26º por 21 dias, juntamente com grãos de arroz, que por fim foram triturados para formação de uma farinha de arroz. Foram utilizados 16 animais, fêmeas, mestiças Bretão x Mangalarga Marchador, que foram tratadas previamente com anti-helmínticos convencionais e mantidas em piquetes. Os animais foram divididos em 2 grupos, contendo 8 animais cada. No grupo tratado cada animal recebeu diariamente o farelo de arroz com o isolado fúngico na medida 1g de formulação para cada 10Kg de peso vivo. A mesma dose foi administrada aos animais do grupo controle, porém sem o fungo. Após esse condicionamento, foi coletado quinzenalmente fezes diretamente da ampola retal de todos os animais, para realização da contagem de ovos por grama de fezes (OPG) e para coprocultura, a fim de contar e identificar as larvas. Também a cada 15 dias foram coletados nos dois piquetes cerca de 500 gramas de amostra de pastagem, nas distâncias 0-20cm e 20-40cm do bolo fecal, para realização do Baermann de pasto e identificação de larvas. Os dados do exame de OPG e das contagens de larvas foram submetidos à análise de variância para medidas repetidas e teste de Tukey a nível de 5% de probabilidade. Os resultados do Baermann de pasto foram analisados pelo teste de correlação de Pearson. Em relação ao teste do OPG houve variância significativa ao longo do tempo, independente do tratamento. Na coprocultura foi observada predominância de pequenos estrôngilos durante todo tratamento e não houve diferença estatística no número de larvas entre os dois grupos. Foi observada uma diminuição significativa na contagem de pequenos e grandes estrôngilos por quilo de pasto ao longo do experimento, independente do tratamento e da distância da coleta do bolo fecal. Conclui-se que nas condições em que o estudo foi feito (dose e tempo) a formulação com o fungo não apresentou eficácia no controle das nematodioses. Mais estudos são necessários para ajustar a melhor a dose e o tempo de administração do fungo.
Palavras-chave Parasitologia, Helminto, Equideocultura
Forma de apresentação..... Painel
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