Resumo |
O alumínio (Al), em solução do solo, causa alterações morfológicas, fisiológicas e bioquímicas nas plantas, principalmente nas regiões tropicais. A toxicidade por esse elemento pode levar a uma redução da atividade mitótica da raiz, bem como, afetar a arquitetura. Consequentemente, esse efeito reduz as produtividades agrícolas nessas regiões. A tolerância ao Al pode ser controlada geneticamente, e o estudo de herança pode fornecer informações para futuras pesquisas e desenvolvimento de cultivares. Por tanto, o objetivo desse trabalho foi investigar o controle genético da tolerância ao alumínio em milho-pipoca. O experimento consistiu na escolha de duas linhagens de milho-pipoca, 11-60 e 11-133, por serem contrastantes para tolerância ao alumínio. Foram avaliadas 6 gerações derivadas do cruzamento entre estas linhagens, sendo F1 o cruzamento direto entre as duas linhagens contrastantes, F2, oriunda da autofecundação da geração F1 e RC1 e RC2 de retrocruzamento, dada pelo cruzamento das plantas F1 com as linhagens parentais. Inicialmente, as sementes de cada geração foram previamente germinadas e em seguida, transferidas para solução hidropônica contendo a presença e ausência do alumínio, na concentração de 540 μM AlCl3. O experimento foi desenvolvido sob o delineamento inteiramente casualizado, com três repetições e oito plantas por unidade experimental. Após um dia, em solução nutritiva, na ausência de Al, as plântulas foram fotografadas e o crescimento inicial (CI) foi mensurado, utilizando o software WinRhizo Pro 2009ª. A condição de estresse foi atribuída e após 7 dias as plântulas foram removidas e o comprimento final (CF) da raiz foi determinado, por meio do escâner EPSON LA2400 Perfection acoplada ao mesmo software. Posteriormente, foram analisados os seguintes caracteres, crescimento líquido da raiz (CLR) e crescimento relativo da raiz (CRR), para cada classe de raiz (axial e lateral). Estes caracteres foram submetidos a análise de média de gerações e os componentes lineares associados aos efeitos aditivo, dominantes e epistáticos forem estimados A média F1 foi inferior à dos pais para CRR, CRRlateral, CRRaxial e CLRaxial. No entanto F1 excedeu o dos pais de 9% a 47% para CLR, CLRlateral. Os efeitos epistáticos dominante x dominante contribuíram positivamente para CRR, CRRaxial, e CLRaxial, já os efeitos epistáticos aditivo x aditivo contribuíram positivamente para CLRaxial. De modo geral, os efeitos de dominância contribuíram negativamente para expressão dos caracteres. Conclui-se que o uso de seleção recorrente seria ideal para aumentar a frequência de alelos favoráveis para a tolerância ao Al. |