Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9612

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Amanda Patrícia Gonçalves
Orientador ANESIA APARECIDA DOS SANTOS
Outros membros JOSE ESIO BESSA RAMOS JUNIOR, Renko de Vries
Título Avaliação da Citotoxicidade e Endocitose de Nanopartículas VLDP ('virus-like' protein Dox) em Linhagens de Células Tumorais
Resumo O desenvolvimento do câncer é considerado um dos fenômenos biológicos mais agressivos em relação à saúde humana. Segundo a Organização Mundial de Saúde, em 2020 haverá 16 milhões de novos casos de câncer no mundo. No Brasil, essa patologia já ocupa o segundo lugar entre as causas de mortalidade. Os tratamentos convencionais mais comuns nos dias de hoje são a quimioterapia, a radioterapia, a imunoterapia e a terapia hormonal. Dentre os métodos citados, o mais utilizado em todo o mundo para o tratamento do câncer é a quimioterapia. No entanto, este possui vários problemas associados, sendo eles: 1- acesso limitado do quimioterápico ao tecido tumoral, o que diminui sua ação e implica no emprego de altas doses de drogas; 2- ausência de seletividade, que resulta em uma alta toxicidade às células saudáveis do corpo; 3- existência de complexos de resistência a drogas (MDR) em grande parte das células cancerígenas. Estudos recentes apontam a nanotecnologia como uma alternativa terapêutica para superar tais obstáculos, seja pela possibilidade de associação de nanomateriais a ferramentas moleculares que lhes proporcionem seletividade ou pela capacidade destes serem retidos no microambiente de tumores sólidos devido a EPR (Enhanced Permeability and Retection). Na tentativa de contornar os principais efeitos colaterais adversos apresentados no tratamento desta doença, bem como a MDR, este trabalho objetivou o desenvolvimento de uma nanopartícula constituída de moléculas DNA fita dupla carreando a droga intercalante doxorrubicina (Dox) e revestida de proteína sintética (vírus-like protein) auto-montável(VLDP). Experimentos de citotoxicidade e de microscopia de fluorescência, em diferentes linhagens celulares demonstraram que a endocitose da nanopartícula desenvolvida ocorreu eficientemente aumentando o potencial quimioterápico da droga, quando carreada. Também foi demonstrado que o revestimento proteico virus-like não oferece citotoxicidade em sua forma isolada, quando testado nas linhagens celulares. Contudo, foi observado por microscopia de fluorescência e em tempo real, atraso no acúmulo intracelular de doxorrubicina, indicando a necessidade de estudos mais detalhados sobre as bases celulares e moleculares do processo de absorção da nanopartícula. Com base nos resultados obtidos, é possível inferir que a nova construção obtida possui potencial para utilização na clínica médica, uma vez que a mesma pode ser modificada com ferramentas de genética molecular com a finalidade de se obter nano-quimioterápicos capazes de minimizar os efeitos colaterais, escapar dos complexos de resistência a drogas, além de apresentar citotoxicidade aumentada e seletiva a células tumorais in vitro.
Apoio Financeiro: CNPq e FAPEMIG.
Palavras-chave Câncer, Nanotecnologia, Virus-like protein.
Forma de apresentação..... Oral
Gerado em 0,63 segundos.