Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9582

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Otávio Augusto Silva Ribeiro
Orientador JANE SELIA DOS REIS COIMBRA
Outros membros Gerson Augusto da Silveira, Kely de Paula Correa, MARCIO AREDES MARTINS, MAURICIO DE OLIVEIRA LEITE
Título Perfil Lipídico do Leite Humano
Resumo O Leite Humano (LH) possui os nutrientes necessários para o desenvolvimento do bebê em proporções que modificam-se de acordo com a fase da lactação materna; em particular da fase colostro para a fase madura, os teores de proteínas e lipídios variam, respectivamente, de 1,6 % e 2,5 % para 0,8 % e 4,2 %. Os lipídios do leite humano são responsáveis pelo fornecimento de energia ao bebê assim como pelo aporte de ácidos graxos essenciais para o seu bom crescimento e ganho de peso. Neste trabalho foi obtido o perfil lipídico do Leite Humano Ordenhado (LHO) doado pelo Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital São Sebastião, Viçosa-MG, nos tratamentos L1: leite cru; L2: leite pasteurizado, a 65 oC/30 min. em banho termostático; L3: leite homogeneizado, em aparelho de mixer por 3 min a 40 oC, e então pasteurizado (a 65 oC/30 min. em banho termostático). A derivatização dos ácidos graxos foi realizada segundo uma adaptação da metodologia de Ichihara e Fukubayashi (2010), na qual o perfil de ácidos graxos foi obtido por cromatografia gasosa. Dentre os componentes lipídicos encontrados no LHO estão os ácidos graxos insaturados, ácido oleico, ácido linoleico e ácido linolênico, sendo que o ácido oleico foi observado em maior quantidade dentre estes. As proporções de ácidos graxos foram: (i) ácido oleico de 28,39 % em L3; 20,45 % em L2 e 18,59 % em L1; (ii) ácido linoleico de 18,15 % em L3; 12,69 % em L2 e 11,91 % em L1; (iii) ácido linolênico de 1,10641x0-6 % em L1; 1,3605x10-6 % em L3 e 4,42x10-8 % em L2. Entre os ácidos graxos saturados presentes em maior concentração foram observados o ácido palmítico, ácido mirístico e ácido esteárico. O ácido palmítico foi encontrado em maior concentração em L1 (30,28 %), seguido de L2 (27,44 %) e de L3 (23,15 %). O ácido mirístico foi encontrado em maior concentração em L3 (6,36 %) e em concentrações próximas nos tratamentos L2 (5,53 %) e L1 (5,17 %). A composição dos ácidos graxos pode variar em função dos tratamentos aos quais o leite é submetido na linha de processamento do LHO. Assim, a pasteurização pode facilitar a oxidação lipídica e a homogeneização pode levar ao rompimento da membrana e exposição dos lipídios. Posto que as alterações nos teores de ácidos graxos originadas pelos tratamentos não foram drásticas (dados de L1 em comparação com L2 e L3) infere-se que os mesmos não afetaram o perfil lipídico. Considerando-se os benefícios dos tratamentos, recomenda-se a sua utilização, entretanto são necessários estudos mais detalhados sobre os mesmos.
Palavras-chave Banco de Leite Humano, Ácidos Graxos, Nutrição do Recém nascido.
Forma de apresentação..... Painel
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