ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Exatas e Tecnológicas |
Área temática | Ciências Exatas e da Terra |
Setor | Departamento de Física |
Bolsa | FAPEMIG |
Conclusão de bolsa | Sim |
Apoio financeiro | CAPES, CNPq, FAPEMIG |
Primeiro autor | José Maria Caquito Junior |
Orientador | MARCIO SANTOS ROCHA |
Outros membros | Leandro de Oliveira |
Título | Carboplatina como substituta da cisplatina em quimioterapias: análise à nível de moléculas únicas |
Resumo | Desde os anos 70, compostos derivados de platina tem sido utilizados no combate de diversos tipos de câncer. Dentre esses compostos a cisplatina é a mais comumente usada em quimioterapias e terapias gênicas. No entanto, essa droga apresenta diversos efeitos colaterais, em destaque a nefrotoxicidade (toxicidade aos rins). Dessa forma surgiu a necessidade de busca por outras substâncias que possuíssem as mesmas propriedades antitumorais mas com menos efeitos colaterais. Dentre as novas drogas desenvolvidas, a carboplatina, droga de 2ª geração, apresentou um particular interesse por possuir a mesma atividade antitumoral que a cisplatina e ser menos nefrotóxica, e por isso está sendo cada vez mais usada em tratamentos quimioterápicos. Neste trabalho investigamos as propriedades do complexo DNA-carboplatina em diferentes concentrações iônicas com auxílio de uma poderosa técnica de micromanipulação de partículas únicas, a Pinça Óptica. As amostras usadas nos experimentos consistiam em solução aquosa de DNA e microesferas de poliestireno com 1.5μm de raio, e eram preparadas de forma que uma das extremidades do DNA ficasse adsorvida a lamínula de vidro do porta amostra enquanto a outra extremidade ficasse ligada a uma das microesferas. Em seguida as amostras eram colocadas em um microscópio onde, usando um laser focalizado por sua objetiva, foi possível capturar uma microesfera. Com o auxílio de um estagio piezoelétrico os experimentos de estiramento do DNA foram realizados. A seguir variamos a concentração de carboplatina na amostra e repetimos os estiramentos para cada concentração. Os experimentos foram realizados utilizando duas concentrações iônicas diferentes e [Na] = 150 mM e [Na] = 1 mM, e dois regimes de força, entrópico e entálpico. A partir dos dados obtidos pelos experimentos, conseguimos levantar curvas de força por extensão e, com auxílio do modelo WLC, conseguimos extrair os parâmetros mecânicos do sistema (comprimento de persistência e comprimento de contorno). A análise do comportamento desses parâmetros em diferentes concentrações permitiu inferir parâmetros físico-químicos da reação (constante de ligação e grau de cooperatividade). Os resultados assim obtidos foram comparados com aqueles obtidos para a cisplatina em outro trabalho do grupo. Utilizando essa metodologia fomos capazes de mostrar que, para pequenos tempos de interação (~30 min) a carboplatina se liga ao DNA formando monoadutos, diferentemente do que ocorre com a cisplatina que forma diadutos sob as mesmas condições. Porém, para tempos de interação altos (~14 h) a carboplatina forma diadutos de forma similar à cisplatina. Além disso, mostramos que a interação DNA-carboplatina é menos afetada pela variação de concentração iônica do que a interação DNA-cisplatina. |
Palavras-chave | pinçamento óptico, interação DNA-ligante, carboplatina |
Forma de apresentação..... | Painel |