Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9568

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciências Exatas e da Terra
Setor Departamento de Física
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor José Maria Caquito Junior
Orientador MARCIO SANTOS ROCHA
Outros membros Leandro de Oliveira
Título Carboplatina como substituta da cisplatina em quimioterapias: análise à nível de moléculas únicas
Resumo Desde os anos 70, compostos derivados de platina tem sido utilizados no combate de diversos tipos
de câncer. Dentre esses compostos a cisplatina é a mais comumente usada em quimioterapias e
terapias gênicas. No entanto, essa droga apresenta diversos efeitos colaterais, em destaque a
nefrotoxicidade (toxicidade aos rins). Dessa forma surgiu a necessidade de busca por outras
substâncias que possuíssem as mesmas propriedades antitumorais mas com menos efeitos
colaterais. Dentre as novas drogas desenvolvidas, a carboplatina, droga de 2ª geração, apresentou
um particular interesse por possuir a mesma atividade antitumoral que a cisplatina e ser menos
nefrotóxica, e por isso está sendo cada vez mais usada em tratamentos quimioterápicos. Neste
trabalho investigamos as propriedades do complexo DNA-carboplatina em diferentes concentrações
iônicas com auxílio de uma poderosa técnica de micromanipulação de partículas únicas, a Pinça
Óptica. As amostras usadas nos experimentos consistiam em solução aquosa de DNA e microesferas
de poliestireno com 1.5μm de raio, e eram preparadas de forma que uma das extremidades do DNA
ficasse adsorvida a lamínula de vidro do porta amostra enquanto a outra extremidade ficasse ligada
a uma das microesferas. Em seguida as amostras eram colocadas em um microscópio onde, usando
um laser focalizado por sua objetiva, foi possível capturar uma microesfera. Com o auxílio de um
estagio piezoelétrico os experimentos de estiramento do DNA foram realizados. A seguir variamos a
concentração de carboplatina na amostra e repetimos os estiramentos para cada concentração. Os
experimentos foram realizados utilizando duas concentrações iônicas diferentes e [Na] = 150 mM e
[Na] = 1 mM, e dois regimes de força, entrópico e entálpico. A partir dos dados obtidos pelos
experimentos, conseguimos levantar curvas de força por extensão e, com auxílio do modelo WLC,
conseguimos extrair os parâmetros mecânicos do sistema (comprimento de persistência e
comprimento de contorno). A análise do comportamento desses parâmetros em diferentes
concentrações permitiu inferir parâmetros físico-químicos da reação (constante de ligação e grau de
cooperatividade). Os resultados assim obtidos foram comparados com aqueles obtidos para a
cisplatina em outro trabalho do grupo. Utilizando essa metodologia fomos capazes de mostrar que,
para pequenos tempos de interação (~30 min) a carboplatina se liga ao DNA formando monoadutos,
diferentemente do que ocorre com a cisplatina que forma diadutos sob as mesmas condições.
Porém, para tempos de interação altos (~14 h) a carboplatina forma diadutos de forma similar à
cisplatina. Além disso, mostramos que a interação DNA-carboplatina é menos afetada pela variação
de concentração iônica do que a interação DNA-cisplatina.
Palavras-chave pinçamento óptico, interação DNA-ligante, carboplatina
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,66 segundos.