Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9561

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Zootecnia
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Dandara de Azevedo Vasconcelos
Orientador ROGERIO DE PAULA LANA
Título Produção de biomassa e de proteína do feijão guandu em função do tempo de implantação da cultura e adubação orgânica
Resumo O feijão-guandu (Cajanus cajan) é uma leguminosa arbustiva anual ou semi-perene exótica no Brasil. Se destaca por ser muito produtiva e possuir alto valor proteico, além de ser resistente em situações não favoráveis de clima e solo. Com suas características nutricionais e produtivas, o guandu apresenta potencial para substituir culturas que são tradicionalmente usadas como fonte proteica na alimentação animal e pode auxiliar na construção de um sistema de produção mais biodinâmico, na qual é essencial a integração animal-vegetal e rejeição do uso abusivo de insumos químicos. Foram realizados dois experimentos com feijão-guandu, na fazenda Boa Vista, distrito de Cachoeira de Santa Cruz, pertencente à Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa-MG. No primeiro experimento (dados de 1º ano), foi feito plantio em 01 de novembro de 2017 e corte em 07 de março de 2018 (4 meses; 1º corte), sendo 1 ou 2 sementes por cova no espaçamento de 0,2 m dentro da fileira e 1,0 m entre fileiras. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com dois tratamentos (número de sementes por cova) e oito repetições, com parcelas experimentais de 20 m², totalizando 320 m². No segundo experimento (dados do 2º e 3º ano), foi utilizada área de experimento realizado anteriormente com feijão-guandu sob dois tratamentos: sem adubação e com 15 t/ha de esterco bovino. Foram realizados cortes após dois anos de implantação da cultura, onde os cortes foram feitos a cada quatro meses após o início do período das águas (fevereiro e junho de 2017 e fevereiro de 2018). O delineamento experimental foi em quadrado latino, com dois tratamentos duplicados e quatro repetições. Após os cortes das plantas foram coletadas sub-amostras e obtidos os pesos frescos, que foram convertidos para massa verde (t/ha). Em seguida, as sub-amostras foram pré-secas, homogeneizadas, processadas, peneiradas e acondicionadas em potes plásticos. As análises da massa seca (MS) e proteína bruta (PB) foram realizadas segundo procedimentos descritos por Detmann et al. (2012). A produtividade do guandu foi de 32 e 40 t/ha de massa verde no primeiro corte do primeiro ano (1 e 2 sementes/cova, respectivamente); entretanto, aumentou muito no segundo ano, com valores de massa verde no primeiro corte (fevereiro) de 128 a 153 t/ha e no segundo corte (junho) de 32 a 40 t/ha, totalizando 160 a 193 t/ha (produção anual), sem e com esterco bovino, respectivamente. Ao terceiro ano o guandu produziu 74 a 137 t/ha no primeiro corte, sem e com esterco bovino, respectivamente. Houve também, nos dois anos, alta produção anual de proteína bruta (7,4 a 8,4 t/ha), sem e com esterco bovino, respectivamente. Para evitar perdas por mortalidade, o corte das plantas deve ser feito a pelo menos 50-60 cm acima da altura do solo.
Palavras-chave Cajanus cajan, integração animal-vegetal, múltiplos cortes
Forma de apresentação..... Painel
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