Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9560

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Aline de Oliveira Ferreira
Orientador MARIA VERONICA DE SOUZA
Outros membros Andressa Brito Damaceno, BRUNNA PATRICIA ALMEIDA DA FONSECA, Maristela Vieira de Souza Clavery, Nathalia dos Santos Rosse
Título Abscesso periarticular pós-traumático em equino – Relato de caso
Resumo Caracterizado pela presença de secreção purulenta, os abcessos estão frequentemente associados a traumas, com consequente ruptura da barreira cutânea, o que possibilita a penetração de microrganismos. O objetivo desse resumo foi relatar a ocorrência de abcesso periarticular pós-traumático em equino, assim como o tratamento realizado. O animal foi atendido no Hospital Veterinário (HOV) da Universidade Federal de Viçosa 30 dias após sofrer um acidente durante cobertura de uma égua, levando um coice na região das articulações do carpo do membro torácico direito (MTD). Durante exame físico foi constatado aumento de volume localizado na superfície medial do carpo, na região correspondente à articulação radiocárpica do MTD, com sensibilidade dolorosa à palpação, consistência flutuante e aumento de temperatura local. No entanto, o animal não apresentava claudicação. Exame ultrassonográfico revelou extensa área anecóica, com presença de pontos hiperecóicos flutuantes. No exame radiográfico não foram constatadas alterações ósseas. Hemograma sugeriu processo inflamatório-infeccioso pela presença de leucocitose por neutrofilia, discreto desvio regenerativo à esquerda. Análise do líquido obtido a partir do aumento de volume (punção com agulha), revelou densidade de 1,016 e proteína 1,6 mg/dL, havendo a presença de bactérias extra e intracelulares em quantidade moderada, condizente com um processo infeccioso bacteriano. Entretanto, a proteína abaixo de 1,81 mg/dL praticamente descartava uma sinovite ou artrite séptica. Foi iniciada terapia antimicrobiana com cefalosporina (2,2 mg/kg; via intramuscular; cada 12 h; oito dias), associada à gentamicina (dose diária de 6,6 mg/kg; via intravenosa; cinco dias). Adicionalmente, foi realizada uma aplicação de gentamicina (2,2 mg/kg) por perfusão regional (veia cefálica). A região afetada também foi tratada com gelo (30 minutos/dia) e diclofenaco dietilamônio (duas vezes/dia), durante oito dias. No oitavo dia, depois de iniciado o tratamento clínico, utilizando o protocolo anestésico com detomidina (0,02 mg/kg) como medicação pré-anestésica; cetamina (2 mg/kg) e EGG 10% para indução, e isoflurano para manutenção, optou-se pela realização da curetagem cirúrgica da região. Durante procedimento cirúrgico foi diagnosticado que se tratava de abscesso periarticular. Na sequência foi realizada a drenagem do abscesso e dada continuidade da terapia com cefalosporina (cinco dias), gentamicina (dois dias) por via sistêmica e por perfusão regional (duas aplicações a cada 48 h), fenilbutazona (4,4 mg/kg; via intravenosa; cada 24 h; 3 dias) e limpeza da ferida cirúrgica com solução de NaCl 0,9%. A terapia instituída foi adequada e o animal recebeu alta 15 dias após dar entrada no HOV. Esse caso clínico demonstra a importância não apenas de um exame físico acurado, mas também da realização de exames laboratoriais e por imagem para que se alcance um diagnóstico definitivo e, portanto, um tratamento apropriado.
Palavras-chave Equídeos, lesão cutânea, processo infeccioso
Forma de apresentação..... Oral
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