Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9555

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro MEC, Outros
Primeiro autor Arthur Neves Passos
Orientador MARIA VERONICA DE SOUZA
Outros membros Aline de Oliveira Ferreira, Andressa Brito Damaceno, JOSE DE OLIVEIRA PINTO, Nathalia dos Santos Rosse
Título Protocolo fisioterápico como tratamento para fixação dorsal de patela em muar – Relato de caso
Resumo A fixação dorsal de patela (FDP) ocorre na articulação fêmoro-tíbio-patelar (FTP), sendo considerada uma disfunção na dinâmica do ligamento patelar medial. Defeito de aprumo como, por exemplo, membros pélvicos excessivamente retos é considerado fator predisponente da afecção, assim como crescimento desproporcional da crista medial da tróclea do fêmur e distúrbios no músculo quadríceps femoral. O objetivo desse resumo foi sugerir um protocolo fisioterápico como tratamento da FDP em casos considerados não cirúrgicos. Além disso, a desmotomia do ligamento patelar medial ocasiona algum grau de instabilidade articular e favorece o desenvolvimento de osteoartrite. Foi atendido no Hospital Veterinário (HOV) da Universidade Federal de Viçosa, um muar macho inteiro, com dois anos de idade, histórico de quadro clínico semelhante à “câimbra”, sendo mais frequente nas primeiras horas do dia, principalmente quando o animal saia da baia. Durante exame físico, ao ser puxado ao passo, o animal manifestou extensão da articulação FTP, seguida de intermitente atraso na flexão articular. O quadro foi diagnosticado como fixação dorsal de patela de discreta gravidade. Considerando a idade do animal e a intensidade da afecção foi preconizado tratamento clínico, mediante a realização de exercícios para fortalecimento muscular. Esse treinamento deve ser realizado em duas etapas, a primeira de forma estática, para alongamento dos músculos responsáveis pela retração e prostração dos membros pélvicos. É importante ressaltar que essa atividade deve ser feita em ambos membros, uma vez que a FDP é normalmente bilateral. Para o animal em questão, o protocolo fisioterápico recomendado foram cinco séries, com dez repetições de prostração, e outras dez de retração, sendo cada movimento realizado durante 20 segundos. A segunda etapa do treinamento é realizada de forma dinâmica, devendo apenas ser iniciada quando o animal estiver aceitando, sem dificuldades, os alongamentos anteriormente mencionados. Considerando que para fortalecimento do quadríceps femoral é fundamental a elevação dos membros pélvicos (1), deslocamento do animal em aclives e declives (2) e alternância nos tipos de andamento (3), foi preconizado para o muar exercícios de caminhada em pista (mínimo de quatro metros) de obstáculos intercalados (pelo menos dez repetições) e fazer com que o animal trocasse o andamento marcha para o passo, o galope para a marcha, por cinco minutos, permanecendo 30 segundos em cada e, por último, que subisse e descesse terreno íngreme, no passo e na marcha por mais cinco minutos. Outro aspecto que pode ser introduzido associada ao protocolo fisioterápico é distribuir a alimentação em diferentes locais em um piquete, de forma que o animal tenha que se locomover para se alimentar. Passados 20 dias, o proprietário relatou que o muar não mais apresentava o quadro, sugerindo que a fisioterapia pode ser realmente uma excelente escolha para o tratamento da afecção mencionada.
Palavras-chave Equídeos, articulação fêmoro-tíbio-patelar, fisioterapia
Forma de apresentação..... Oral
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