Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9552

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Ciências Sociais Aplicadas
Setor Departamento de Administração e Contabilidade
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Victor Souza Sant'anna
Orientador SUELY DE FATIMA RAMOS SILVEIRA
Outros membros Fillipe Maciel Euclydes, Vinicius de Souza Moreira
Título Percepção de beneficiários em políticas habitacionais: Avaliação do “Minha Casa, Minha Vida Entidades”
Resumo A atratividade das cidades levou à intensificação da urbanização e implicou em complexos problemas urbanos. Especialmente sobre a questão habitacional, o déficit habitacional indicou 6,068 milhões de moradias. Dentre as políticas públicas de enfrentamento do problema, destaca-se o Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), configurado para operar em modalidades específicas segundo faixas de renda das famílias. A Faixa 1, habitação de interesse social, volta-se para rendimento familiar entre 0 e 3 s.m. O foco desta pesquisa foi a modalidade Entidades, cuja finalidade é fomentar a provisão de moradias para famílias organizadas em cooperativas, associações e/ou entidades privadas sem fins lucrativos. Considerando a centralidade do beneficiário numa política habitacional autogestionária e a importância de incorporá-lo ao processo avaliativo, questiona-se: qual a percepção dos beneficiários do PMCMV-E em relação aos seus resultados? Visando avaliar a execução do Programa buscou-se identificar a satisfação dos beneficiários. A pesquisa foi realizada em Conselheiro Lafaiete–MG. O público-alvo foram os beneficiários. O processo avaliativo foi operacionalizado em etapas: desenho do Programa; elaboração de categorias; pesquisa em campo (142 beneficiários); construção de indicadores. Os resultados revelaram o perfil dos beneficiários: maioria de mulheres (80%), baixa escolaridade (60%), casados (39%), faixa etária entre 35-59 anos (51%); rendimento mensal até 01 salário mínimo (67%). Os resultados dos indicadores obedecem a ordem: avalia-se a percepção sobre a moradia; o conjunto habitacional; e o entorno. Os indicadores da categoria moradia foram Habitabilidade e Aspectos Construtivos e Estéticos do empreendimento, enquadrando-se no Nível de Satisfação (NS) Bom, média acima de 0,6 pontos. O indicador de Segurança, acima de 0,5 pontos, revela NSBaixo. Os indicadores Aspectos Construtivos e Estéticos, média acima de 0,7 atingiram NSBom. Os indicadores de satisfação da unidade habitacional, compõem o Índice de Satisfação com a Unidade Habitacional-ISUH, obtiveram média 0,65, segundo os beneficiários, classificando-o como NSBom. O indicador de Qualidade da Infraestrutura Urbana sobre aspectos urbanos e habitacionais, atingindo média de 0,59, revelou NSBaixo do beneficiário. Verificou-se que o ISCH, de 0,61, atingiu NSBom. Calculou-se o Índice de Satisfação com o Entorno-ISE, obtendo média de 0,61 situou-se no NSBom. Os produtos operacionais foram os relacionados aos elementos físicos e infraestrutura, enquanto os sociais referem-se ao Trabalho Social e participação das famílias no processo de execução do projeto. Os indicadores permitiram mensurar, para os produtos operacionais, que os beneficiários se mostraram moderadamente satisfeitos. Para os produtos sociais, identificou-se alta satisfação, também sendo registrada satisfação moderada. Os resultados revelam importância da construção/uso de indicadores para a análise e avaliação de políticas públicas.
Palavras-chave Avaliação, Políticas Públicas, Habitação.
Forma de apresentação..... Oral
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