Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9501

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Isabella Salgado Faustino
Orientador LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE
Outros membros Mariany Filipini de Freitas, Matheus Pedro Carneiro Silva, Valéria de Fatima Silva
Título Seleção de parâmetros categóricos para avaliação da qualidade de mudas de espécies florestais nativas
Resumo O Brasil é um país com dimensões continentais e com áreas degradadas que devem ser recuperadas ou restauradas, afim de atender o Novo Código Florestal vigente e as metas firmadas no Acordo de Paris. Para atender as exigências legais e propostas firmadas, se faz necessária a produção de mudas de espécies florestais nativas com qualidade, aptas ao plantio e capazes de resistir às condições adversas no campo. Porém, as análises de qualidade nos viveiros ainda são incipientes, necessitando de estudos que definam parâmetros que possam auxiliar na escolha dos melhores indivíduos a serem expedidos para o campo. Diante do exposto, o objetivo foi selecionar parâmetros categóricos para auxiliar na produção e expedição de mudas de espécies florestais nativas com qualidade, que possam atender o objetivo dos plantios. Avaliações morfológicas de 546 mudas florestais, pertencentes a 24 espécies nativas, foram feitas, cujos parâmetros avaliados foram a perpendicularidade, centralidade, tortuosidade, exposição de raízes, fitossanidade e enovelamento radicular. Medições de altura e diâmetro foram feitas no viveiro e no campo para possibilitar o cálculo do volume das mudas, assemelhando-se a de um cone dado pela fórmula V = π * r² * h/ 3, sendo, V, o volume (cm³), r, o raio (cm) e h, altura da muda (cm). O índice de robustez, que é uma relação entre altura e diâmetro, foi calculado considerando como mudas de qualidade, aquelas com índice inferior ou igual a 10. As características da qualidade avaliadas foram correlacionadas com o incremento em volume (ICV- cm³) dos indivíduos aos 3 meses pós-plantio, através da Correlação Ponto Bisserial. O ICV foi calculado com a expressão ICV = VC – VV, sendo, VC e VV o volume da muda no campo e no viveiro, em cm³, respectivamente. A tortuosidade, enovelamento e exposição radicular apresentaram correlação significativa e inversa com o incremento em volume das mudas. O sistema radicular malformado ou com deformações prejudica a translocação da solução nutritiva solo-planta afetando seu crescimento. A tortuosidade pode levar à priorização do crescimento lateral, levando a formação de galhos e menor incremento em volume do fuste principal. A fitossanidade teve correlação positiva com o crescimento dos indivíduos, pois mudas sadias crescem melhor no campo. O índice de robustez não foi significativo, pois os valores encontrados na literatura se referem a mudas florestais de espécies exóticas. A ausência de perpendicularidade ocorre em mudas produzidas por enxertia e as deste estudo foram por semente. A centralidade está ligada a germinação da semente, se é nas bordas ou no centro do recipiente, mas também não apresentou correlação com o volume. Logo, tortuosidade, fitossanidade, enovelamento e exposição radicular devem compor as análises de qualidade do viveiro, pois afetam o crescimento das mudas no campo. Sugere-se a segregação dos parâmetros analisados nesta pesquisa por espécie, pois podem ter pesos distintos para cada uma.
Palavras-chave Atributos morfológicos, neutralização de carbono, viveiros florestais
Forma de apresentação..... Painel
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