Resumo |
Introdução: Possíveis alterações no desenvolvimento infantil podem acarretar problemas na saúde do adulto, tornando-se de suma importância prestar uma assistência de qualidade as crianças, enfatizando os cuidados preventivos à saúde. Neste sentido, os indicadores de saúde são instrumentos que permitem a identificação de características, construção de parâmetros, além de informar sobre o desempenho do sistema de saúde e servir de base para ações de vigilância. Objetivo: Avaliar os indicadores básicos de saúde de crianças menores de cinco anos no município de Viçosa, Minas Gerais. Metodologia: Pesquisa transversal, com abordagem quantitativa. Para o cálculo da amostra utilizou-se o programa Openepi, considerando o número de nascidos vivos, obtendo-se a amostra de 273 crianças com 95% de nível de confiança. A coleta de dados se deu mediante a aplicação de questionário semiestruturado aos responsáveis legais pelas crianças, após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para análise dos dados utilizou-se estatística descritiva e os programas Statical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20.0 e o Anthroplus. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de ética e Pesquisa da Universidade Federal de Viçosa sob o parecer nº 2.483.457/2017 e CAAE 76736717.3.0000.5153. Esta pesquisa está vinculada ao PIBIC/CNPq. Resultados: Os resultados refletem dados parciais da pesquisa que está em andamento. A coleta de dados se deu no período de abril a junho de 2018, no qual foram entrevistados 66 responsáveis por crianças menores de cinco anos. Em relação às condições obstétricas maternas houve alta cobertura de pré natal (98,5%), com predomínio de início no primeiro trimestre gestacional (80,3%) com realização de seis ou mais consultas (86,3%). Dessas mulheres 69,7% foram submetidas à cesariana. A prematuridade atingiu 9,1% dos recém nascidos estando relacionado a 6,1% dos bebês que não tiveram alta hospitalar junto com as mães; 83,3% das crianças apresentaram peso adequado ao nascer. Em relação aos testes de rastreamento neonatal 100% realizaram teste do pezinho; 36,4% realizaram teste da orelhinha; 47% realizaram teste do olhinho e; 9,1% realizaram teste do coraçãozinho; apenas 9,1% das crianças realizaram os quatro testes. Quanto às condições de nutrição infantil, predominou até os seis meses de vida, o aleitamento complementado (43,9%) com baixo índice de aleitamento materno exclusivo (15,2%); 39,4% das mães relatou alguma dificuldade de amamentação como fator relacionado a este baixo índice. Segundo o IMC/Idade, há predomínio de crianças eutróficas (71,2%), seguidas de crianças com risco de sobrepeso (18,2%). Obteve-se que 98,5% das crianças tiveram alguma morbidade, com predominância de problemas respiratórios (92,4%), gastrointestinais (22,7%) e alérgicos (16,7%). Conclusões: Apesar de serem resultados parciais percebe-se que há indicadores que precisam ser melhorados a fim de gerar melhorias na qualidade de vida das crianças do município. |