Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9491

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Fitotecnia
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Lucas de Souza Gonçalves Pereira
Orientador LUIZ CARLOS CHAMHUM SALOMAO
Outros membros Guilherme Carvalho Prates
Título Resíduos de folha de bananeira como substrato para alporquia em lichieira
Resumo A lichieira (Litchi chinensis Sonn.) tem origem no sul da China. Atualmente, é cultivada em áreas subtropicais e tropicais em diferentes partes do mundo. No Brasil, a produção concentra-se principalmente no Estado de São Paulo. Comercialmente, a lichia é propagada por processos vegetativos, sendo a alporquia o mais utilizado. Nesse método de propagação, substratos como esfagno e fibra de coco desfibrada possibilitam ótimo enraizamento dos alporques, no entanto, são caros ou de difícil aquisição, dependendo da região. Nesse trabalho, foi testada a eficiência de folhas de bananeiras secas e trituradas, associadas ou não a esterco bovino, como substratos para o enraizamento de alporques de lichieira. O trabalho foi conduzido em pomar de lichieiras ‘Bengal’ do Departamento de Fitotecnia da UFV, com 15 anos de idade. Foram usados apenas os limbos foliares de bananeiras triturados, originando partículas de comprimento médio de 2,5 mm. Os tratamentos consistiram na mistura dos limbos triturados com esterco bovino, nas proporções de 100% de folhas trituradas (T1), 90% de folhas trituradas + 10% de esterco bovino (T2), 80% de folhas trituradas + 20% de esterco bovino (T3) e 70% de folhas trituradas + 30% de esterco bovino (T4). O experimento foi conduzido no delineamento em blocos casualizados, com cinco blocos, sendo cada bloco representado por uma planta. Em cada lichieira foram montados 16 alporques, sendo quatro para cada um dos tratamentos, totalizando 20 alporques por tratamento. Após a preparação, os substratos foram umedecidos até a capacidade de campo. Os alporques foram feitos em ramos lenhosos bem enfolhados e sadios, com cerca de 1,0 cm de diâmetro, nos quais foram realizados anelamentos completos de 2,0 cm de largura, à distância de 40 a 50 cm abaixo do seu ápice. Em seguida, a região do anelamento foi envolvida pelo substrato umedecido e revestida por filme plástico preto. Os alporques foram feitos no início de novembro de 2017. Decorridos 100 dias, foram destacados da planta-matriz e avaliados quanto a porcentagem de enraizamento e de calejamento, número de raízes primárias, comprimento da maior raiz, massa seca de raízes e calos, além de massa seca de caules e folhas. Independentemente do substrato, houve formação de raízes em 100% dos alporques, embora o excesso de umidade tenha reduzido o número de raízes em alguns deles. Não houve diferença significativa entre os tratamentos para nenhuma das características avaliadas. As médias gerais observadas para número de raízes primárias por alporque, comprimento da maior raiz, massa seca de raízes, de caules e de folhas foram de 31,1 raízes, 16,2 cm, 1,83 g, 44,74 g e 28,07 g, respectivamente. Os limbos de bananeira secos e triturados, acrescidos ou não de esterco bovino, apresentaram-se como substratos eficientes na formação de alporques de lichieira, além de serem alternativa barata e de fácil obtenção quando comparados aos substratos de uso tradicional.
Palavras-chave Lichieira, alporque, substrato
Forma de apresentação..... Oral
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