Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9445

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Nathalia dos Santos Rosse
Orientador MARIA VERONICA DE SOUZA
Outros membros Andressa Brito Damaceno, BRUNNA PATRICIA ALMEIDA DA FONSECA, EMILY CORRENA CARLO REIS, Maristela Vieira de Souza Clavery
Título Desmopatia Do Ligamento Sesamoideo Distal Reto Em Equino Da Raça Campolina: Relato De Caso
Resumo Os ligamentos sesamoideos distais são uma continuação do ligamento suspensório (músculo interósseo III) e parte importante do seu aparato, sendo eles o reto, oblíquo, cruzado e o curto. Com origem nos ossos sesamóides proximais e ligamento intersesamoideo, e inserção na primeira (F1) ou segunda (F2) falanges, a principal função deste conjunto de ligamentos é a estabilização das articulações metatarsofalangeana (MTF) e interfalangeana proximal. Existe pouca informação na literatura científica sobre afecção do sesamoideo reto. O objetivo deste trabalho foi relatar desmopatia afetando este ligamento, diagnosticada por ultrassonografia, assim como o tratamento preconizado, buscando alcançar uma reparação de qualidade. Foi recebido no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Viçosa (HOV-UFV) um equino de dois anos e meio de idade, raça Campolina com queixa de aumento de volume nos tarsos. O proprietário relatou que o animal começou a ser treinado aos oito meses de idade, e ao completar um ano apresentou o quadro mencionado. Durante exame físico realizado no HOV-UFV, apesar de realmente existir aumento de volume nos tarsos de ambos membros pélvicos de consistência amolecida e temperatura normal à palpação, não havia claudicação. Porém, houve resposta positiva à flexão da articulação MTF do membro pélvico direito (MPD). Portanto, o animal tinha um problema na região distal do MPD. Como foi encaminhado ao HOV-UFV devido a distensão dos tarsos, foi realizado exame radiográfico dessas estruturas, assim como das articulações da região distal do MPD. Fragmento osteocondral foi encontrado livre na superfície dorsomedial do membro pélvico esquerdo, localizado entre as articulações tibiotársica e talocalcâneocentroquartal (posteriormente retirado por artroscopia). Na região distal do MPD foi observado apenas distensão na superfície plantar da região correspondente às F1 e F2. Por outro lado, exame ultrassonográfico revelou irregularidade na superfície axial dos ossos sesamóides proximais e alterações compatíveis com desmopatia do ligamento sesamoideo reto, caracterizada por diminuição da ecogenicidade, espessamento difuso do ligamento, discreto acúmulo de líquido periligamentar e alteração no padrão linear das fibras colágenas. Diante dos achados no tecido mole, foi preconizado tratamento tópico com dimetilsulfóxido associado à pomada contendo diclofenaco dietilamômio tópico durante 14 dias. Houve excelente resposta à terapia. Por ser um animal jovem, a atividade física deve ser realizada com extremo cuidado, pois pode ocasionar lesões como a apresentada. Por outro lado, exercícios graduais são necessários para reabilitação das funções motoras e biomecânicas das estruturas tendoligamentosas. Portanto, foi recomendado um plano de exercício controlado, inicialmente ao passo, puxado pelo cabresto durante dois meses, para facilitar o realinhamento das fibras colágenas. Posteriormente, na marcha, conforme modalidade esportiva escolhida pelo proprietário.
Palavras-chave Equino, desmopatia, ligamento sesamoideo reto
Forma de apresentação..... Oral
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