Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9441

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Drielly Reis Expedito
Orientador MARIA VERONICA DE SOUZA
Outros membros Ana Karina Argumedo Jimenez, Thayne de Oliveira Silva
Título Avaliação do equilíbrio do casco de equinos atletas da raça Mangalarga Marchador
Resumo Afecções no sistema locomotor (SL) dos equinos são frequentes e, normalmente, se manifestam com claudicação. A tradicional frase “No hoof no horse” é uma realidade que, infelizmente, é negligenciada por muitos proprietários. Uma das raças nacionalmente criadas é o Mangalarga Marchador (MM) que é capaz de realizar diversas atividades esportivas. Aspectos relacionados com o comprometimento do SL na espécie são vários e, entre eles podem ser citados: manejo e casqueamento/ferrageamento (C/F) inadequados, tipo de solo onde ocorrem os treinamentos e o equilíbrio do casco. O objetivo desse estudo foi avaliar o equilíbrio dos cascos de equinos atletas da raça MM, tomando como base classificações previamente padronizadas. Foram utilizados 28 animais, divididos em quatro grupos de sete, sendo no total 14 fêmeas e 14 machos. De acordo com o sexo, sete equinos realizavam marcha batida (MB) e os demais marcha picada (MP). As características altura do talão medial (ATM), altura do talão lateral (ATL), comprimento de parede dorsal (CPD) foram mensuradas utilizando um paquímetro. Podogoniômetro foi usado para a mensuração do ângulo do casco (ANC). Para avaliar o efeito do sexo e tipos de marcha foi utilizado ANOVA, seguida pelo teste de Tukey (P<0,05). Houve baixa correlação entre o C/F e as ATM e ATL nos membros torácicos. Além disso, ela foi inexistente nos membros pélvicos. Os valores médios de CPD para membros torácicos e pélvicos foram de 89,84±7,45 mm e 99,16±9,05 mm, respectivamente. Valores mais elevados estiveram presentes nos equinos de MB. Com relação a ATM e ATL, os valores médios foram maiores nos membros torácicos (ATM: 51,15±6,32 mm; ATL: 50,35±5,92 mm) e pélvicos (ATM: 35,96±5,28 mm; ATL: 36,35±4,61 mm) dos machos. Esse achado ocorreu particularmente nos membros torácicos dos equinos de MB. Nenhum dos animais apresentou histórico de claudicação, embora a diferença de altura dos talões medial e lateral variou de 0 a 11 mm. Por outro lado, em 85% dos casos essa variação esteve apenas entre 0 e 3 mm. Os valores médios do ANC foi de 48,41±3,60° e 47,11±2,16° para os MT e MP, respectivamente. Não houve efeito do sexo e da marcha sobre essa variável. Diferenças acima de 5 mm entre ATM e ATL são apontadas como causa alteração na locomoção em equinos. A não constatação de valor tão alto na maioria dos animais, é um ponto positivo. A redução no tamanho do talão é realizada quando se deseja aumentar o tempo de contato do casco com o solo, de forma a favorecer o tríplice apoio. De acordo com os resultados obtidos, pode-se concluir que os valores de CPD, ATM e ATL variam no Mangalarga Marchador. A morfologia dos cascos sofre interferência do C/F, e o ANC não sofre efeito do sexo e da marcha. Os valores referentes a morfologia de casco, apesar de bem consolidados variam com a genética, atividade física e casqueamento, sendo esse tipo de estudo importante, uma vez que existem variação não apenas entre raça, mas também “inter” e “intra” animais.
Palavras-chave Cavalos, Região distal dos membros, Morfologia.
Forma de apresentação..... Oral
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