Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9420

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Linguística, Letras e Artes
Setor Departamento de Letras
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Marcella Gava Grillo
Orientador GERSON LUIZ ROANI
Título “Viver sozinha, viver de mim, viver por mim”, gênero na obra As Três Marias (1939), de Rachel de Queiroz
Resumo O presente trabalho contempla a obra As três Marias publicada em 1939 da escritora Rachel de Queiroz, primeira mulher a adentrar na Academia Brasileira de Letras. Para discutir os papeis sociais da mulher a autora partiu de um livro quase autobiográfico, em que irá retratar parte da infância e juventude de Maria Augusta e suas amigas, Maria José e Maria da Glória que se conhecem em um internato religioso em Recife e desenvolvem caminhos que colocam em discussão o futuro esperado das mulheres da época. Dentre os estudos literários, esse trabalho se justifica pela possibilidade de ampliar-se a discussão a respeito da obra As três Marias, um dos romances da autora, extremamente relevante na literatura brasileira e, principalmente, no romance de 30. Apesar de muito conhecida na produção modernista e na tradição regionalista, Rachel geralmente é estudada pelos romances mais conhecidos da autora, sendo o livro As três Marias uma de suas produções menos comentadas. Desse modo, a pesquisa em questão abarca diferentes caminhos para se discutir a presença da mulher na literatura e de que forma se estabelece a noção de mulher na sociedade e, mais precisamente, como isso perpassa ou se desconstrói na visão das três protagonistas Marias e suas companheiras de internato. Para desenvolver algumas das discussões propostas, partimos de Butler (2003), assim como de outros autores que se debruçam sobre os estudos de gênero, nos propondo a discutir o cenário do internato religioso como uma das instituições reguladoras das jovens da época, temos Foucault (1987). Além disso, se faz necessário abarcar também os trabalhos que já visitaram a obra em questão, como também as linhas de força da autora. Espera-se, dessa maneira, contribuir com os estudos acerca da literatura produzida por mulheres, assim como de revisitar a produção de Rachel de Queiroz, também abrindo possibilidades de conhecimento da literatura enquanto denúncia no entrecruzamento de diversos discursos e vozes, e, principalmente, de vozes femininas.
Palavras-chave Literatura Brasileira, Rachel de Queiroz, Gênero.
Forma de apresentação..... Oral
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