Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9412

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Ensino médio
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Ciências Humanas
Setor Colégio de Aplicação - Coluni
Bolsa PIBIC Ensino Médio
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor THEODORA DE FREITAS DOMINGUES
Orientador FABIO LUIZ RIGUEIRA SIMAO
Título Usos do Passado: Percepção da Construção da Memória Histórica como Instrumento de Poder
Resumo Este trabalho compreende uma análise comparada sobre a produção da memória histórica no período imperial brasileiro. A partir de obras iconográficas, intelectuais e literárias que se consagraram durante o período, analisamos as relações de poder na produção de uma memória coletiva segundo os interesses do Estado e de grupos sociais específicos. As pinturas de Pedro Américo, Victor Meirelles, François Moreaux e José Maria de Medeiros, os romances Iracema e O Guarani de José de Alencar e a História Geral do Brasil de Varnhagen foram analisados numa perspectiva crítica e comparada a fim de fundamentar o protótipo de “identidade nacional” projetada pelo Governo Imperial e pelos autores associados de alguma forma ao Estado. Junto ao estudo de obras do século XX, a pesquisa buscou artigos atuais que trouxeram o mesmo tema sob outra perspectiva, bem como textos que criticam as obras analisadas. Tivemos como referência teórica os conceitos de memória e documento/monumento trabalhados pelo historiador francês  Jacques Le Goff em sua obra História e Memória. Segundo Le Goff é preciso pensar na importância da memória como instrumento de conservação de "momentos do passado", sendo, com isso, capaz de propagá-los às gerações futuras. Nessa mesma linha de pensamento, o autor afirma ser conveniente criticar os documentos, pois fixam fatos selecionados e os imprimem à memória coletiva criando um efeito de monumentalidade. Assim, por meio da produção de uma memória seletiva, consolida-se uma ordem que, mesmo escravista e excludente, procurava legitimação nacional. Neste sentido, nosso trabalho buscou, a partir de obras célebres e consideradas marcos do Período Imperial, despertar o raciocínio crítico para as intenções do Estado em manter as estruturas governamentais também através de uma narrativa identitária. Dessa forma, chegamos a evidências materiais sobre o uso da memória coletiva como instrumento de poder e buscamos compreender como esse processo foi realizado, quais atores foram evidenciados e a justificativa dada para a exclusão de alguns grupos sociais desse projeto de nacionalidade.
Palavras-chave Identidade Nacional, Memória coletiva, Relações de poder.
Forma de apresentação..... Oral
Gerado em 0,66 segundos.