Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9409

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Fitotecnia
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Sebastián Giraldo Montoya
Orientador SERGIO YOSHIMITSU MOTOIKE
Outros membros Abrahão Gomes Soares Júnior, Bárbara Bezerra de Menezes Picanço, Kacilda Naomi Kuki
Título Parâmetros de trocas gasosas e perfilhamento de B. decumbens sob diferentes níveis de sombreamento
Resumo No Brasil, as espécies forrageiras mais comuns em sistemas agroflorestais (SAFs) são as gramíneas do gênero Brachiaria, consideradas tolerantes ao sombreamento (PACIULLO, 2007). Porém, o nível de redução da luminosidade imposto pelo estrato arbóreo é um fator limitante para o ótimo crescimento/desenvolvimento das plantas do sub-bosque. Este fato é ainda mais marcante para espécies de metabolismo C4, como as gramíneas tropicais, uma vez que estas demandam mais energia luminosa e temperaturas elevadas para a eficiência do processo fotossintético (BERNARDINO & GARCIA, 2009). Dentre os parâmetros mais utilizados para estimar essas alterações fisiológicas estão: fotossíntese (A), transpiração (E) e a condutância estomática (gs). Esses parâmetros são influenciados por diversos fatores como a quantidade e qualidade da radiação incidente, T oC, suprimento de água e, pelo estádio de desenvolvimento da folha (PEDREIRA et al., 2001; BRAGA et al., 2006, 2008). Em alguns casos ocorrem alterações morfológica (PACIULLO et al., 2007; NETO et al., 2010) e/ou fisiológica em algumas gramíneas quando cultivadas em condições de baixa luminosidade (SOARES et al., 2009). O objetivo deste estudo foi avaliar a resposta de trocas gasosas e de crescimento de B. decumbens, sob diferentes níveis de sombreamento. O ensaio foi conduzido em área aberta, do setor de fruticultura da UFV, entre nov/2015 e jan/2016. Plantas de B. decumbens, foram cultivadas em nove vasos de 20L (1:3 areia e terra), irrigadas e adubadas periodicamente. Os tratamentos foram: três condições de luminosidade: 0, 50 e 80% de sombreamento, T0, T50 e T80, respectivamente. Foi usada tela sombrite (parte superior e laterais) como sombreamento artificial em T50 e T80, já as plantas no T0 foram mantidas a pleno sol. As leituras de trocas gasosas foram realizadas com analisador de gás no infravermelho (IRGA) modelo LC Pro da ADC (UK) na terceira folha completamente expandida, considerando a folha mais próxima do ápice do perfilho, como a folha no1. As leituras foram efetuadas entre as 7 e 9 horas, fornecendo 1200 μmol m-2s-1 de radiação fotossinteticamente ativa (RFA). As maiores taxas de A foram observadas em plantas do T0, seguido por T50 e T80 os quais foram respectivamente 15% e 34% menores em relação ao T0. Os valores de E e de gs foram maiores em T0 e T50, sendo que as médias desses tratamentos não diferiram entre si (P>0,05). A relação A/Ci do tratamento T0 foi respectivamente, duas e quatro vezes maiores, quando comparado com os tratamentos T50 e T80. O perfilhamento das plantas nos tratamentos T50 e T80 foi respectivamente, 54% e 80% menor em relação às plantas do T0. O perfilhamento das plantas em T0 foram aprox. 50% menores em relação às plantas de T50 e T80. Conclui-se que o processo fotossintético de B. decumbens apresenta tolerância ao sombreamento, aclimatando-se ao ambiente luminoso de crescimento, porém apresenta redução do numero de perfilhos em relação ao nível de sombreamento do ambiente.
Palavras-chave capim braquiária, fotossíntese, luminosidade
Forma de apresentação..... Painel
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