Resumo |
Os motores elétricos exercem um importante papel no cenário mundial, sendo encontrados em várias aplicações industriais como elevadores, esteiras, compressores, guindastes, além de serem utilizados frequentemente em aplicações domésticas, comercial, na agricultura, entre outros. Tal ideia é facilmente confirmada quando se observa que os motores são responsáveis por aproximadamente 70% de toda energia elétrica consumida no mundo. Dentre os tipos de motores existentes, o motor de indução (MI) ganha destaque devido sua ampla aplicação em diversos níveis de potência, construção simples e robusta, e por apresentar um baixo custo de fabricação e manutenção. Para entender o funcionamento do MI, normalmente é utilizado uma modelagem que considera apenas a magnetização linear da máquina, porém, na prática muitas vezes o motor opera na região de saturação da curva de magnetização. Outra preocupação sobre o funcionamento do MI, refere-se ao seu controle de velocidade. Este tema teve um avanço significativo com o advento da eletrônica de potência nas últimas décadas, tornando usual a utilização de inversores de frequência para controle de velocidade do motor. Todavia, tanto a operação do motor na região de saturação da curva de magnetização, quanto a utilização de inversores de frequência são capazes de produzir harmônicos, que influenciam na eficiência da máquina, na redução do torque, no aumento da temperatura, em vibrações mecânicas no eixo, podendo acarretar em seu empenamento, entre outros. Neste cenário, este trabalho tem como objetivo comparar os harmônicos gerados por um motor de indução trifásico (MIT) operando na região de saturação e os harmônicos produzidos por um inversor de frequência quando utilizado para o acionamento do motor. A máquina utilizada como estudo é um motor de indução trifásico de 2 kW, 220 V. Os resultados foram obtidos por meio de simulação através do software MATLAB/Simulink, considerando o MIT sendo acionado por um inversor de frequência e operando na região de saturação. |