Resumo |
Introdução: a população brasileira nas últimas décadas passou por uma mudança nos perfis demográfico, epidemiológico e nutricional, destacando-se o recrudescimento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Mais especificamente, destaca-se as alterações do estado nutricional nas morbidades associadas a esta condição, dentre elas a hipertensão arterial sistêmica (HAS), o diabetes mellitus (DM) e as dislipidemias. Para avaliar o estado nutricional, o índice de massa corporal (IMC) é bastante utilizado como indicador do estado nutricional por possuir boa correlação com a massa corporal e baixa correlação com a estatura, sendo considerado conveniente e de fácil execução no diagnóstico de obesidade. Objetivos: avaliar o estado nutricional de indivíduos com diagnóstico de HAS e DM acompanhados pelos profissionais das Estratégias de Saúde da Família (ESF). Metodologia: estudo transversal realizado com 102 indivíduos acompanhados por 3 ESF do município de Viçosa, Minas Gerais. Para a análise do estado nutricional, avaliaram- se dados antropométricos (peso, altura e IMC). O IMC foi calculado por meio da relação entre o peso e a estatura ao quadrado (P/E²), e classificado de acordo com os critérios da OMS para adultos e LIPSCHITZ para idosos. Os dados são apresentados em medidas de frequência. Resultados: a média de idade dentre os indivíduos avaliados foi de 59 anos, em relação a escolaridade observou-se uma média de 5 anos de estudo, sendo a maioria da população de aposentados (55%). Em relação ao estado nutricional, 3,9% foram diagnosticados com baixo peso, 34,3% como eutróficos, 30,4 % apresentaram sobrepeso e 36% apresentaram diferentes graus de obesidade (grau 1, 2 ou 3. Conclusão: os achados deste estudo demonstraram uma elevada prevalência de sobrepeso e de obesidade. Destarte, destaca-se a importância do diagnóstico do estado nutricional em indivíduos cadastrados nas ESF, visando o planejamento pelas equipes de ações de prevenção de enfermidades e agravos, em especial para aqueles indivíduos que apresentam fatores de risco para complicações decorrentes destas enfermidades. Neste sentido, há que se salientar a importância estratégica do profissional nutricionista no cuidado à população atendida em nível da Atenção Primária à Saúde. |