Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9366

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Ciências Humanas
Setor Departamento de Educação
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Tatiane Lessa
Orientador HELOISA RAIMUNDA HERNECK
Outros membros Laryssa Sampaio Ferreira
Título Experiência/sentido e estágio supervisionado: tecendo reflexões sobre uma prática
Resumo Este trabalho foi desenvolvido na disciplina EDU 292 - Estudos do Cotidiano Escolar, e teve como objetivo tecer reflexões que surgiram na “experiência” vivenciada no Estágio Supervisionado (HIS 461), que acontecia paralelamente. A partir da leitura do texto “Notas sobre a experiência e o saber de experiência” de Jorge Bondía Larrosa (2002) e das discussões em aula, passamos a pensar de forma diferente as experiências produzidas no contato com os/as alunos/as e com a escola. No estágio obrigatório realizado entramos em contato com diferentes cotidianos e realidades, aprendíamos e conhecíamos muito na fugacidade do tempo, na cobrança, nas datas e prazos a serem respeitados. Trouxemos para esta análise duas experiências de estágios, um realizado em uma turma de sétimo ano de uma escola pública estadual, e outra em uma turma do segundo ano do Ensino Médio de uma escola privada, ambas da cidade de Viçosa/MG. Além disso, tomamos como base para análise também nossas vivências no PIBID/História. De acordo com Larrosa a palavra experiência está estritamente ligada à palavra sentido, e é a falta de experiência/sentido que esses tempos provocam. Viver uma experiência é deixar-se transformar, ser afetado, se apaixonar. É um processo de entrega, de contemplação, de passividade e de perigo em relação ao estrangeiro (BONDÍA, 2002, p. 20-27). O que mais nos perguntamos é se tivemos oportunidade de vivenciarmos alguma coisa semelhante à experiência em nossos estágios, feitos em tão pouco tempo e com tantas exigências. Ao final do estágio e da elaboração deste trabalho pudemos notar que o período de estágio foi insuficiente para conhecermos o cotidiano escolar, pois fomos orientadas a apenas observar, e ministrar uma aula apenas ao final do estágio, sem nos envolvermos. Diferentemente, no PIBID participávamos ativamente em atividades e projetos em sala de aula. “Para aprender a “realidade” da vida cotidiana, em qualquer dos espaços/tempos em que ela se dá, é preciso estar atento a tudo que nela se passa, se acredita, se repete, se cria e se inova, ou não. (ALVEZ, 2008, p.21). Alvez ainda afirma que precisamos ter contato com a escola com frequência, precisamos estar inseridos nela, pois “(...) é preciso ter claro de que não há outra maneira de se compreender as tantas lógicas dos cotidianos senão sabendo que estou inteiramente mergulhada nelas, correndo todos os perigos que isso significa.” (ALVEZ, 2008, p.18). Concluímos que o PIBID foi uma boa experiência no sentido Larrosiano onde aprendemos, ensinamos e conhecemos o cotidiano escolar. Fomos atravessadas pela vida cotidiana que pulsava na escola. Enquanto que, com os estágios não conseguimos ser tocadas e afetadas devido ao tempo restrito para conviver com os múltiplos espaços da escola. Por sua vez, muito do que nos tocou no PIBID atravessou os estágios, pois já tínhamos algumas noções sobre a escola e seu funcionamento.
Palavras-chave Experiência, Cotidiano escolar, Estágio
Forma de apresentação..... Painel
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