Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 9355

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Ciências Humanas
Setor Departamento de História
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Amanda Cristina Santiago Silva Ciro
Orientador JONAS MARCAL DE QUEIROZ
Título Memória, Indentidade e Cidadania:Reflexões e Dialógos com um quilombo em Viçosa-MG
Resumo O presente trabalho faz uma discussão sobre a noção de patrimônio imaterial, tomando como objeto de estudo a Comunidade Quilombola do Buieié, em Viçosa (MG). Através dele, trazemos reflexões recentes no campo do patrimônio, visto a aflorada busca por ‘memórias e patrimônios em desaparecimento’ e algumas relações que envolvem políticas públicas patrimoniais, instituições e comunidades.
A discussão que empreendemos perpassa o campo da memória e da História, suas relações com o patrimônio e a cidadania, propondo uma ação metodológica no campo da Educação Patrimonial. No caso em questão, visamos desenvolver um trabalho endógeno à comunidade detentora, partindo de suas necessidades para promover uma apropriação cultural. Ou seja, nossa prerrogativa é que a gestão do patrimônio cultural deve ser feita o mais próximo possível de seus detentores e criadores, alçando o desenvolvimento local da comunidade.
Pretendemos, portanto, realizar uma reflexão sobre a importância do fazer etnográfico em diálogo com as políticas públicas no âmbito do patrimônio cultural imaterial brasileiro, suas ações e reflexos dentro das comunidades principalmente dentro das tradicionais. É nosso objetivo compreender como e quando se situa a comunidade dentro dessas relações entre políticas publicas políticas patrimoniais, como é feita a apropriação por seus habitantes de sua cultura e formas de vida, que possibilidades há no seu Patrimônio cultural para o desenvolvimento social desta comunidade etc. Acreditamos que se o compreendermos e delimitarmos, estaremos trabalhando de acordo com as necessidades específicas da comunidade. Além disso, ele se torna um rico recurso para o desenvolvimento local como um processo de domínio da mudança cultural, social, econômica, enraizado num patrimônio que se torna vivo e nutrido diariamente. Como aporte metodológico fazemos uso da História Oral para registros das memórias da comunidade. De acordo com Paul Thompson aprender a ouvir é uma habilidade humana fundamental e a história oral está aí para auxiliar na compreensão do passado, como para criar memórias nacionais mais ricas, mas sobretudo para nos ajudar a construir um futuro melhor, mais amável, mais democrático. Utilizamos também a metodologia cunhada por Hugues De Varine, em seu livro As Raízes do Futuro - o patrimônio a serviço do desenvolvimento local, ou seja, a metodologia nomeada experiência interativa, na qual, por meio da observação participante e interação com a comunidade, de acordo suas necessidades locais, são traçadas ações, onde todo trabalho é organizado em fichas temáticas, nas quais explica-se o tipo de publico, duração, objetivos e resultados. Para nossa ação na comunidade, planejamos o trabalho no formato de encontros na comunidade com grupos específicos: adultos, jovens e crianças. Os encontros abordaram questões específicas identificadas de acordo com a necessidade através da observação participante nas visitas de campo.
Palavras-chave memória, cidadania, patrimônio
Forma de apresentação..... Oral
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