ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Ciências Humanas |
Setor | Departamento de Economia Rural |
Conclusão de bolsa | Não |
Primeiro autor | Maria Amalia Stroppa Moreira |
Orientador | BIANCA APARECIDA LIMA COSTA |
Título | Costurando a percepção da Mulher Artesã sobre seu trabalho. |
Resumo | O artesanato tem sido uma alternativa de trabalho e renda para um número considerável de mulheres no Brasil. O Ministério do Turismo em 2015, a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estimou que 10 milhões de pessoas trabalham com o artesanato e dessas, 87% são mulheres. Diante de tal estimativa, esta pesquisa tem o objetivo de costurar teoria e prática a fim de entender se as mulheres artesãs reconhecem sua atividade artesanal como trabalho. Para isso, buscarei compreender os sentidos e significados do trabalho artesanal para mulheres artesãs que participam da Feira de Economia Solidária e Agricultura Familiar - Quintal Solidário - Viçosa/MG, que acontece toda quarta-feira na sede da ASPUV, buscando: conhecer a trajetória de vida dessas mulheres, principais motivações para o trabalho artesanal, que produtos fazem, como aprenderam, quais os sentidos e significados desse trabalho, se percebem o artesanato como uma profissão e/ou trabalho, de que forma o trabalho artesanal contribui ou não para sua autonomia. Sendo assim, levanto duas hipóteses: A primeira é que “A mulher artesã, assim como seu núcleo familiar não vêm sua atividade artesanal como profissão em função da desvalorização que o “fazer das mãos” sempre sofreu, pois, desde sua origem, foi exercido por mulheres, escravos e homens brancos proletarizados. Para além, é um trabalho que se enquadra na informalidade e por isso não dá garantias legais, como carteira assinada e outros direitos trabalhistas, pois, somente em 2015 a profissão de artesão foi regulamentada”; A segunda hipótese é que "Trabalhar com artesanato é uma estratégia de geração de trabalho e renda que muitas mulheres, excluídas do processo produtivo formal, encontram para se sustentar e que permite a elas trabalhar com dignidade e obter alguma autonomia”. Nesse processo de entender a realidade que será pesquisada, optei por, quanto a abordagem, ser qualitativa, que segundo Minayo (2010) responde às questões muito particulares e trabalha com o universo dos significados, dos motivos, das aspirações, das crenças, dos valores e das atitudes. E quanto aos objetivos usarei como método, a história oral, que segundo Meihy (2017, p. 72) “ se ergue segundo alternativa que privilegiam as entrevistas como atenção essencial dos estudos”.Espero como resultado, que a pesquisa possa “costurar” ideias afim de contribuir para a autonomia dessas mulheres e de outras mais, além de ser uma forma de discutir as experiências femininas colocando a realidade como conteúdo a ser questionado, fazendo emergir um projeto emancipador para as mulheres. |
Palavras-chave | Gênero, Trabalho Feminino, Artesanato. |
Forma de apresentação..... | Oral |