Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10835

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia/Tecnologia
Setor Departamento de Engenharia Civil
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Amanda de Oliveira Andrade
Orientador RAFAEL KOPSCHITZ XAVIER BASTOS
Outros membros Gabriela Vieira Capobiango, GRAZIELA FREITAS DOURADO, Matheus de Brito Correa, Patrick da Silva Barbosa, Tarcísio Couto Carneiro Santos
Título Mobilização social e participação comunitária na implementação de tecnologias sociais em saneamento básico na comunidade quilombola Córrego do Meio, Zona da Mata-MG
Resumo Apresenta-se uma experiência de implantação de melhorias de saneamento básico (sistemas descentralizados de esgotos sanitários) em uma comunidade quilombola - Córrego do Meio, zona rural do distrito de Airões, município de Paula Cândido, microrregião de Viçosa, Zona da Mata-MG. O projeto - “Implementação de tecnologias sociais para preservação do meio ambiente e acesso à água na comunidade quilombola do Córrego do Meio”, vem sendo desenvolvido desde 2016 no âmbito de um convênio firmado entre a Universidade Federal de Viçosa e a Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Estado de Minas Gerais e envolve dois grupos de extensão universitária ligados ao Departamento de Engenharia Civil da UFV: Engenharia Pública (EP) e SAUAI – Saneamento Uai! . O presente relato tem foco central nas atividades de mobilização social empreendidas com vistas à: (i) problematização da situação de saneamento na comunidade; (ii) discussão e seleção das soluções de saneamento adequadas à realidade local: (iii) seleção das famílias a serem atendidas; (ii) implantação das soluções de esgotamento sanitário. Técnicas de diagnóstico rápido participativo (caminhada transversal e mapeamento participativo), e oficinas pedagógico-participativas (com utilização de maquetes, cartazes e imagens didáticas) favoreceram a identificação e discussão dos problemas de saneamento e respectivas consequências ambientais e de saúde: destino inadequado de esgotos domésticos, contaminação de córregos e poços, comprometimento de usos múltiplos da água - irrigação e piscicultura de subsistência, dessedentação animal e consumo humano. Na sequência, foram realizadas várias oficinas, em que, com auxilio de cartilhas e cartazes, foram apresentadas para discussão diversas técnicas descentralizadas de esgotamento sanitário, entre as quais a comunidade selecionou aquelas consideradas adequadas às particularidades locais (adensamento populacional, relevo, tipo de solo, proximidade de cursos e fontes de água, custo, operação e manutenção): sumidouro (“fossa buraco”), fossa séptica + sistema alagado construído (“jardim filtro”); fossa evapotranspiradora (“fossa bananeira”). A seleção das 20 famílias a serem atendidas se deu também de forma participativa, tendo em conta critérios priorizados pelos próprios moradores: envolvimento no projeto, condições socioeconômicas; situações de risco ambiental e de saúde. Por fim, as soluções vêm sendo implantadas em processo de semimutirão: mão-de-obra contratada, além de pessoal arregimentado pelas famílias e voluntários dos grupos EP e SAUAI. Apesar de algumas dificuldades de mobilização no transcorrer de um processo longo e complexo, entende-se que os recursos pedagógico-metodológicos utilizados nas diversas etapas do projeto contribuíram efetivamente para o alcance dos objetivos maiores: troca de saberes técnico e popular, participação social, tomada de consciência, enfim empoderamento da comunidade no entendimento do, e na busca pelo, saneamento como direito humano.
Palavras-chave Esgotos sanitários, saneamento rural, comunidades tradicionais
Forma de apresentação..... Oral
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