Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10827

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Entomologia
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Cesar Augusto Dias Nascimento
Orientador RAUL NARCISO CARVALHO GUEDES
Outros membros Silverio de Oliveira Campos
Título Alterações na produção de CO2 em populações de Sitophilus zeamais (Coleoptera: Curculionidae) em diferentes tempos de exposição a fosfina.
Resumo A fosfina é atualmente o principal inseticida fumigante usado no controle de pragas de grãos armazenados, seu uso tem como vantagens o baixo custo, rápida difusão e uma baixa ação residual. Os mecanismos de resistência a fosfina são pouco conhecidos, assim como os efeitos subletais causados por baixa exposição. Temos que esses efeitos também podem refletir mudanças fisiológicas e comportamentais dos insetos tratados, trazendo perda de sua eficácia, além de prejuízos econômicos e ambientais. Entre as pragas de grão armazenados, o caruncho-do-milho (Sitophilus zeamais) é a praga mais destrutiva e a principal forma de controle é o uso da fosfina. Assim o objetivo desse trabalho foi verificar os efeitos do baixo tempo de exposição a fosfina sobre a taxa de CO2 produzidas em populações S. zeamais. Foram utilizados insetos adultos não sexados com uma semana de vida provenientes de duas populações distintas de S. zeamais, uma da cidade de Guarapuava-PR (suscetível) e São Cristóvão-SE (resistente, 6x). O ensaio respirometria foi realizado utilizando um respirômetro tipo TR3C equipamento com analisador de CO2. Os dados foram compostos por onze tratamentos (diferentes tempos de exposição fosfina + controle), com quatro repetições e cinco insetos cada; os indivíduos foram colocados em tubos de acrílicos de 15mL. A primeira avaliação foi realizada antes da exposição a fosfina. Em seguida, através de uma seringa a fosfina foi injetada em frascos de vidro de 0.6L na concentração de 0,04 mg/L, como recomendado pela FAO, e foram expostos a diferentes intervalos de tempo. Após a exposição os indivíduos foram alocados em potes de plástico contendo grãos de milho isentos de inseticidas por 14 dias em condições controladas de temperatura (25 ± 2 ºC), umidade (60 ± 5%) e fotoperíodo (LD 14:10), para posterior avaliação de sobrevivência e da taxa de CO2 produzido. Foi verificado que ambas as populações apresentam diferenças em relação a sobrevivência e a taxa de CO2 produzido. Na sobrevivência houve redução com o aumento dos tempos de exposição a fosfina a ambas populações (P < 0.001). No teste onde foram submetidas a diferentes tempos de exposição a fosfina, ocorreu redução da produção de CO2 de acordo com o aumento do tempo exposição (Susceptível: χ2 = 5,19, P = 0,66 e resistente: χ2 = 12,07, P = 0,15). Foram observados picos na taxa de produção de CO2 após 14 dias em ambas as populações, na susceptível no tempo de 2h (2,25 l CO2/h/inseto; F2,37; P < 0.0001) e para população resistente em 4h (2,28 l CO2/h/inseto; F2,33; P < 0.0001). Houve correlação negativa entre a sobrevivência e a taxa produção de CO2 (P < 0.001). Assim, o baixo tempo de exposição a fosfina alterou padrões fisiológicos na produção de CO2 de ambas as populações ocasionando um efeito de hormese. Este resultado torna necessária a verificação se as alterações na taxa respiratória são determinantes de alterações no padrão de consumo de grãos e/ou mesmo na reprodução dos insetos.
Palavras-chave Fosfina, ecotoxicologia, hormese.
Forma de apresentação..... Painel
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