Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10816

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Linguística, Letras e Artes
Setor Departamento de Letras
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Matheus Werneck Silva de Paula
Orientador MARIA DA CONCEIÇÃO APARECIDA PEREIRA ZOLNIER
Título A construção identitária do professor-gay
Resumo Escolher a área de atuação profissional é um momento de muitas reflexões. Existe a preocupação salarial, o mercado de trabalho e o nível de formação requisitada. Todavia, este momento é atravessado por diversas outras questões, algumas intrínsecas aos sujeitos e que não podem ser adaptáveis de acordo com a demanda, tais como as identidades sexuais e de gênero. Quando observadas à luz dos ambientes de trabalho, as temáticas supracitadas afetam, segundo Pope (1995), as relações interpessoais e de ordem trabalhista. Desse modo, percebe-se que os sujeitos LGBTQ+ encaram uma dicotomia entre omitir suas características relacionadas à sexualidade e gênero ou performatizá-las. Neste trabalho, foram analisadas três perguntas realizadas no Portal Yahoo! Respostas por usuários homoafetivos que pretendem ingressar à pratica docente. Os questionamentos refletem os medos relacionados ao estigma social sobre demonstrar-se gay no ambiente escolar. O sentimento de medo causado pelo estigma social, no caso dos homens gays, é instruído por uma pedagogia masculinizadora, assim, qualquer traço de feminilidade é visto como um vestígio que pode acarretar uma represália. Desse modo, consideramos as crenças, emoções e as construções identitárias presentes nas indagações; trazendo a Teoria Queer para as reflexões acerca da temática. Concluímos que existe uma dicotomia entre o que pode ser público-privado, que relaciona-se intrinsicamente à abjeção de alguns seres na sociedade, os que afastam-se da matriz heteronormativa regularizadora. Assim, as perguntas são autoexplicativas, pois ser LGBTQ+ implica em questionar-se sobre a possibilidade de performatizar sua identidade sexual e de gênero e as consequências disso em uma sociedade excludente. Assim, ocultar ou não a sua sexualidade, na verdade, não é propriamente uma escolha, é uma imposição que pode ou não ser subvertida. Todavia, as relações estabelecidas entre o ser professor-gay com retaliações, deboches, demissão, agressão e outras formas de repressão é um reflexo de como as práticas sociais representam esses seres.
Palavras-chave homossexualidade, docência, estigma
Forma de apresentação..... Oral
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