Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10786

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Engenharia/Tecnologia
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Francisco Damião Rodrigues Martins
Orientador ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO
Outros membros BENEDITO ROCHA VITAL, Márcia Silva de Jesus, VINICIUS RESENDE DE CASTRO
Título Influência da umidade no gradiente de temperatura na madeira durante a carbonização
Resumo A umidade é um dos parâmetros que afeta a eficiência do processo de carbonização, que é a decomposição térmica da madeira na ausência ou presença controlada de oxigênio, de forma a maximizar a produção de carvão vegetal. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi obter o perfil de temperatura formado na madeira durante a carbonização. Para isso foram abertos 3 pequenos orifícios na madeira de 3,5; 2,5; e 1,5 cm de profundidade, ao longo do comprimento. Em seguida foram inseridos três termopares para acompanhar o gradiente de temperatura formado. O experimento foi desenvolvido no Laboratório de Painéis e Energia da Madeira – LAPEM, UFV. Foram utilizadas 6 toretes de madeira de Eucalyptus sp., com 35 cm de comprimento, 7 cm de diâmetro e 3 diferentes umidades (3, 26 e 42%). A carbonização ocorreu em forno elétrico tipo mufla modelo GP Científica-2000, que dispõe de uma caixa de aço inoxidável com dimensões nominais de 0,465 x 0,195 x 0,195 m. A temperatura final de pirólise foi de 400 ºC. Ao final, foi calculado o rendimento gravimétrico dos produtos, (i) carvão vegetal, (ii) gases condensáveis e (iii) gases não condensáveis e realizadas as análises de química imediata e energética do carvão. Foi observado que há a formação de gradientes térmicos na madeira durante todo o processo. A diferença de temperatura entre a superfície e o centro pode atingir até 160 ºC. Observou-se também patamares térmicos formados na madeira aos 100 ºC, sendo mais evidente na porção central. Pode-se observar que o tempo da pirólise é maior na madeira com maior umidade. A variação térmica observada na madeira pode ser explicada devido à presença de água, que demanda energia para evaporar e necessariamente altera os gradientes de temperatura. Isso influencia a transferência de calor durante a pirólise. As etapas de aquecimento e secagem são essenciais para que haja aumento na temperatura, isso favorece o processo de decomposição e desvolatilização da madeira. Essas etapas ocorrem mais rapidamente na superfície. No sentido superfície - centro a formação de gradientes de temperatura, gera patamar térmico transitório devido o processo de secagem. Depois que a água é eliminada em forma de vapor, a temperatura no centro do material aumenta rapidamente. Dessa forma foi verificado que há formação de um gradiente de temperatura entre a superfície e o centro da madeira durante a pirólise e o tempo total do processo será maior na madeira com maior umidade.
Palavras-chave Carvão vegetal, Pirólise, Gradientes térmicos
Forma de apresentação..... Painel
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