Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10778

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciências Exatas e da Terra
Setor Departamento de Química
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Ariany Cavalieri Neves
Orientador MARIA ELIANA LOPES RIBEIRO DE QUEIROZ
Outros membros Ana Carolina Pereira Paiva, ANDRE FERNANDO DE OLIVEIRA, ANTONIO AUGUSTO NEVES
Título Uso de ozonização na remoção de trialometados em pescado e análise por headspace
Resumo O pescado é uma carne com grande demanda mundial1. Devido a sua fácil deterioração, é necessário o uso de agentes sanitizantes, sendo o cloro um dos mais utilizados. Sabe-se que o contato contínuo do pescado com cloro diminui a deterioração, no entanto, pode levar à formação de trialometanos (THMs), os quais são altamente tóxicos para os seres humanos, podendo aumentar os riscos de ocorrência de câncer2. Nesse sentido, se torna necessário o emprego de técnicas de degradação de THMs. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a degradação de resíduos de THMs em filés de tilápia, utilizando ozônio como agente de degradação. O procedimento experimental consistiu na adição de THMs em 20,0 gramas de amostra, com concentração final de 8 µg L-1, seguido de ozonização, sendo realizado um Planejamento Fatorial 22 com triplicata no Ponto Central, para avaliar as seguintes variáveis: concentração de ozônio (10, 18 e 28 mg L-1) e tempo de exposição do peixe ao ozônio (30, 45 e 60 minutos). O fluxo de ozônio (1,0 L min-1) e a concentração inicial de trialometanos (8 µg L-1) foram mantidos constante durante todos os experimentos. Para determinação dos resíduos de THMs nas amostras de filés de tilápia, empregou-se Microextração em Fase Sólida no Modo Headspace (HS/MEFS) e análise por Cromatografia Gasosa com Detector por Captura de Elétrons (CG/ECD), método previamente otimizado por Nelson e colaboradores (2017). Este método consiste em adicionar 2,00 gramas do pescado fortificado em frascos de vidro de 20 mL, equipados com tampa de PVC e septo de silicone, e transferidos para um banho termostatizado a uma temperatura previamente ajustada de 30 oC. A extração dos analitos se deu por processo de sorção, utilizando-se fibra de divinibenzeno-carboxen-polidimetilsiloxano-50/30 μm (DVB/CAR/PDMS-50/30 μm). A fibra foi inserida no frasco contendo a amostra e permaneceu exposta na fase gasosa por 15 minutos. Por fim, foi recolhida e imediatamente analisada. O método validado apresenta os seguintes parâmetros: limites de detecção (0,23 a 0,32 μg kg-1) e de quantificação (0,41 a 1,33 μg kg-1) com R2 = 0,977 e desvio padrão relativo e coeficiente de variação na faixa de 3,4 a 8,7% e de 4,0 a 6,3%, respectivamente. Todos os processos de ozonização estudados apresentaram porcentagem de degradação de trialometanos entre 35,9 e 50,2 %. Observou-se que em concentração de ozônio de 10 mg L-1 a porcentagem de degradação variou entre 35,9 e 43,5 % ao final dos experimentos. Em contrapartida, os experimentos realizados a 28 mg L-1 de ozônio apresentaram degradação entre 45,9 e 50,2 %. Sendo assim, a concentração elevada se mostrou mais eficiente na remoção destes compostos. O aumento do tempo de ozonização proporcionou aumento médio de 3,7 % na porcentagem de degradação, sendo pouco significativo para a remoção de THMs. Os experimentos realizados com 60 min e concentração de ozônio de 28 mg L-1 se mostrou o método mais eficaz, apresentado de 49,9 a 50,2 % de degradação.
Palavras-chave Trialometanos, ozonização, headspace .
Forma de apresentação..... Painel
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