Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10746

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Victor de Sousa Lopes
Orientador MARCONI RIBEIRO FURTADO JUNIOR
Outros membros Tiago Mencaroni Guazzelli, Victor Silva Signorini
Título Estimativa do potencial de deriva de gotas produzidas por pontas hidráulicas em função da estação do ano
Resumo Nas aplicações de defensivos agrícolas a deriva das gotas é um problema recorrente e indesejado, visto que aumenta o custo de produção e pode gerar danos socioambientais e econômicos, prejudicando a população e o meio ambiente. Os principais fatores que provocam o fenômeno da deriva são: o diâmetro/peso das gotas, temperatura, umidade relativa do ar, direção e velocidade do vento, a técnica de aplicação e a distância da qual a calda é aplicada. No intuito de diminuir o prejuízo em todos os aspectos, é interessante considerar o ajuste da pressão do pulverizador, juntamente com o uso da ponta adequada para cada finalidade. Nesse sentido, este trabalho buscou estimar a deriva sofrida pelas gotas durante a pulverização, relacionando algumas variáveis físicas e atmosféricas citadas acima, por meio do uso de um software que utiliza modelos matemáticos. Foi mantida constante, a distância de aplicação e a pressão do sistema. Caracterizou-se a distribuição de diâmetro das gotas para as pontas Jacto, tipo leque, modelo JSF, verde (110015), azul (11003) e marrom (11005), que consistiu em realizar quatro repetições de pulverização por ponta à 300 kPa, sendo suas vazões médias, respectivamente, 0,520; 1,039; 1,750 L min -1; foi feito com o auxílio do analisador de partículas Spraytec da marca Malvern Panalytical. De posse desses dados e em conjunto às informações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), sobre as médias da umidade relativa do ar (U), da temperatura (T) e velocidade do vento (Vv) referentes às estações do ano de 2017. Utilizou-se o programa Driftsim, específico para avaliação do risco de deriva a partir da forma de pulverização e das condições climáticas do ambiente, para simular a deriva sofrida pela gotas, no verão (U = 74,2% ; T = 24,4 0C; Vv = 1,4 m s -1;) no inverno (U = 68,4% ; T = 18,5 0C; Vv = 1,2 m s -1;), na primavera (U = 68,3% ; T = 23 0C; Vv = 1,7 m s -1;), e no outono (U = 76,5% ; T = 20,5 0C; Vv = 1,02 m s -1). A distância de aplicação foi de 0,50 metros. Após análises estatísticas das variáveis provenientes dos resultados do Driftsim, obteve-se a deriva média estimada em função da classe de tamanho, para as pontas e para as estações. Foi observado, para as pontas, que as gotas com tamanho entre 20 – 163 µm, o intervalo total estudado, sofrem maior deriva quando se trata da ponta de menor vazão, no caso, a de cor verde, e, quando observamos em função das estações do ano, o fenômeno é maior no verão para a classe de tamanho entre 20 – 59 µm e maior na primavera entre 60 – 98 µm, ficando estatisticamente igual para todas estações para tamanhos entre 99 – 163 µm. Esse comportamento é explicado pela relação da alta temperatura com as demais condições atmosféricas, no caso do verão comparado às outras estações, e para a primavera isso ocorre devido à relação da baixa umidade, temperatura elevada e maior velocidade do vento, capacitando ao clima provocar a deriva em gotas de maior diâmetro.
Palavras-chave Pulverização, analisador, aplicação
Forma de apresentação..... Painel
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