Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10732

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Presidente Antônio Carlos
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Christiane Ribeiro de Souza Maia
Orientador Paula Baêta da Silva Rios Turquete
Outros membros Leonardo de Souza Vieira, Letícia Calovi de Carvalho Santos
Título Exérese de Tumor Associada a Penectomia com Uretrostomia Escrotal em Cão- RELATO DE CASO
Resumo Alguns traumatismos de prepúcio e pênis e neoplasias constituem causas da realização de penectomia associado à uretrostomia escrotal em cães. Foi atendido na Policlínica da Fundação Presidente Antônio Carlos em Lafaiete-MG, um cão da raça Dachshund de 12 anos, apresentando como queixa principal grande massa na região abdominal que teve crescimento rápido em 3 meses e devido ao tamanho, essa massa se arrastava no chão e o mesmo pisava e se machucava, motivo pelo qual levou o tutor a procurar o veterinário. No exame clínico o animal apresentava tumor na região de prepúcio não aderido na musculatura, tamanho aproximado de 14x14x6cm, indolor, ulcerado, pendular, de aspecto misto, apresentando áreas flutuantes e rígidas. Solicitou exames pré-operatórios como hemograma, bioquímico, ultrassonografia abdominal e radiografia de tórax em busca de metástases. No ultrassom observou-se tumor com áreas hiperecóicas, heterogêneas e presença de líquido hipoecóico sugestivo de neoplasia cística. O hemograma apresentou anemia, trombocitopenia grave, presença de macroplaquetas, em bioquímico, aumento de ureia. A trombocitopenia foi tratada com doxiciclina 10mg/kg/SID/28dias suspeita de hemoparasitose (Erlichiose), do qual um novo hemograma relatou melhora significativa. Paciente encaminhado para a cirurgia, realizando tricotomia ampla da região abdominal além de cateterização venosa mantido com soro Nacl 0,9%. Protocolo anestésico: Diazepam 0,5 mg/kg/IV como medicação pré-anestésica (MPA); indução com Propofol 6mg/kg/IV; associação de Bupivacaína(0,1ml/kg)+Lidocaína(0,1ml/kg)+Morfina(0,1mg/kg) para realização de anestesia epidural. Como analgésico transoperatório foi utilizado Bolus de Fentanil 4mcg/kg/IV. Animal foi intubado e mantido em anestesia inalatória com Isoflurano e monitorado durante toda a cirurgia, sendo então posicionado em decúbito dorsal, bem como realizada a antissepsia. Realizou-se uma incisão elíptica ao redor do tumor e pênis, divulsão do tumor, amputação do pênis caudal ao osso peniano, fixação do pênis amputado na musculatura abdominal, incisão da uretra em 3cm e sutura na pele além de fixação externa de sonda uretral com sutura “bailarina”. Recomendações importantes foram feitas ao tutor: a utilização de colar elizabetano, manter a sonda uretral por 3 dias, limpeza do local, medicação pós-cirúrgica Cefalexina 30mg/kg/BID/VO, Meloxicam 0,2mg/kg/SID/VO, Tramadol 4mg/kg/BID/VO. Após 15 dias o paciente retornou para reavaliação e retirada da sutura, observando recuperação e cicatrização da ferida cirúrgica. O tumor envolvia região de prepúcio e bolsa escrotal, apresentando grande volume sendo penduloso comprometendo a micção normal do animal, além de causar desconforto já que o animal ao se locomover pisava no tumor. Devido as condições a amputação do pênis juntamente com a uretrostomia foi necessária. A uretrostomia escrotal foi a técnica de escolha, pois quando comparada às outras técnicas existentes possui menores complicações pós-cirúrgicas.
Palavras-chave neoplasias, trombocitopenia, amputação peniana
Forma de apresentação..... Painel
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