Resumo |
A capacidade do Brasil em incentivar a produção científico-tecnológica e de inovação pode ser estudada a partir de indicadores voltados à avaliação da performance de instituições científicas e testes da eficácia de políticas de ciência e tecnologia em nível nacional. A análise combinada desses indicadores permite questionar e entender os resultados em relação à inovação, que refletem diretamente na competitividade da economia brasileira. Este trabalho tem o objetivo de identificar a relação entre o financiamento, a produção e a apropriação dos ganhos advindos de Propriedade Intelectual geradas no ambiente de pesquisa das Instituições Científicas e Tecnológicas (ICT) brasileiras. Está em desenvolvimento uma planilha dinâmica com os dados referentes aos indicadores de inovação tecnológica e gráficos comparativos dos resultados. Em termos metodológicos, a pesquisa é descritiva com predominância de abordagem quantitativa, por meio da estatística descritiva e de correlações, para se identificar a tendência brasileira dos investimentos e da produção de inovação. A coleta de dados foi realizada através de pesquisas às bases de dados secundários em sítios eletrônicos como MCTI, WIPO, INPI, dentre outros. Dentre os principais resultados parciais, constatou-se que, embora o Brasil venha melhorando, gradativamente, seu desempenho em inovação e investido em políticas nacionais neste campo, os dispêndios não são bem convertidos em ciência e tecnologia o suficiente e em consonância com as expectativas de geração de inovação de base nacional, à medida que a taxa de crescimento dos recursos aplicados, em um período de 15 anos, cresceu 12,6%, enquanto o número de patentes registradas, pessoas envolvidas com inovação e contabilização da produção científica (em forma de artigos publicados) cresceu 2,0%, 9,1% e 10,0%, respectivamente. O presente estudo destaca o papel do estado na promoção de conhecimento científico tecnológico e revela os déficits do país nesse setor, estimulando as instituições científicas e o governo a buscarem formas de reverter o atual cenário de baixo poder inovativo do Brasil. |