ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Biológicas e da Saúde |
Área temática | Ciências Biológicas |
Setor | Departamento de Medicina e Enfermagem |
Conclusão de bolsa | Não |
Apoio financeiro | CNPq |
Primeiro autor | Isabel Theresa de Holanda Freitas |
Orientador | RODRIGO SIQUEIRA BATISTA |
Outros membros | Marli do Carmo Cupertino, Taciana de Souza Bayão |
Título | Tripanossomíase Humana Africana (doença do sono): situação epidemiológica e desafios para o controle |
Resumo | INTRODUÇÃO: A tripanossomíase humana africana (THA) – conhecida como Doença do Sono – é uma moléstia parasitária endêmica da África, que se encontra no rol das doenças tropicais negligenciadas (DTN). Trata-se de condição mórbida provocada por subespécies do protozoário Trypanosoma brucei (T. b. gambiense e T. b. rhodesiense), transmitida por artrópodes do gênero Glossina (moscas tsé-tsé). Epidemias da THA cursam com altas taxas de letalidade e, em caso de diagnóstico tardio e/ou ausência de tratamento, costumam sobrevir acometimentos neuropsiquiátricos, os quais levam ao óbito. OBJETIVOS: Descrever os aspectos epidemiológicos atuais da THA e discutir os desafios para seu controle. MÉTODOS: Revisão da literatura, dos últimos 20 anos, nas bases Pubmed e UpToDate, com os termos: “African Human Trypanosomiasis” e “Sleeping Sickness Disease”. Do total de 2600 citações, foram selecionados 20 artigos, os quais enfocavam o cenário atual da moléstia e as principais estratégias de controle. Foram também analisados dados estatísticos, públicos, disponíveis no site da Organização Mundial de Saúde (OMS). RESULTADOS E DISCUSSÃO: A infecção por T. b. rhodesiense é responsável por 2% dos casos, tem curto período de incubação e evolução aguda, sendo mais letal que a infecção por T. b. gambiense, a qual pode evoluir por meses e cuja terapêutica apresenta melhores resultados, devido à maior sensibilidade aos fármacos. Em série histórica de THA, entre 1997 a 2016, observa-se uma redução de 91% de casos pela subespécie T. brucei rhodesiense e 94% pelo T. brucei gambiense, por conta das medidas de prevenção e controle, com destaque para: (a) educação em saúde; (b) captação, diagnóstico e tratamento precoce dos indivíduos infectados; e (c) controle do vetor. Estudos atuais investigam o desenvolvimento de um novo fármaco, o fexinidazol, com promessa de menor custo, maior potência e redução de efeitos adversos; tratam-se de aspectos importantes, pois o tratamento adequado reduz a transmissão da doença. Em relação ao vetor, pesquisas sobre sequenciamento genômico da mosca tsé-tsé poderão facilitar o controle biológico, por redução da densidade vetorial. Os desafios dessas medidas são o alto custo e a necessidade de constância no processo. Em fase experimental, encontra-se a manipulação genética de bactérias do gênero Wolbachia, simbiontes do vetor, a fim de produzir composto tripanocida, o qual torne o inseto resistente à infecção pelo T. brucei. CONCLUSÃO: A THA é uma enfermidade grave que exige diagnóstico e terapêutica precoces. Devido às instabilidades sociais de países africanos da área endêmica – obstáculo às ações de vigilância em saúde –, o quadro epidemiológico atual não é exato, mas sabe-se que houve drástica redução na incidência da doença. AGRADECIMENTOS: Os autores são gratos ao CNPq, ao PROAPP/FADIP e à UFV pelo suporte financeiro. |
Palavras-chave | Epidemiologia, Tripanossomíase Humana Africana, Trypanosoma brucei. |
Forma de apresentação..... | Oral |