Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10708

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciências Sociais Aplicadas
Setor Departamento de Arquitetura e Urbanismo
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Reginaldo José Ribeiro
Orientador TERESA CRISTINA DE ALMEIDA FARIA
Título A gestão do patrimônio ferroviário no sudoeste de Minas Gerais: o caso do antigo Ramal Gaxupé – Juréia.
Resumo Quando se pensa na trajetória do desenvolvimento socioeconômico da microrregião de São Sebastião do Paraíso, na mesorregião do Sul e sudoeste de Minas Gerais, dois fatores principais devem ser considerados: a produção cafeeira e a chegada da Cia Mogyana de Estradas de Ferro em seu território. Em meio às paisagens, urbanas ou rurais dessa região, perduram ainda hoje muitos elementos que remetem à sua história ferroviária. Sendo assim, este trabalho apresenta uma análise deste patrimônio, especificamente sobre o antigo ramal que ligava a cidade de Guaxupé ao distrito de Juréia, na cidade de Monte Belo. O enfoque se dará sobre as antigas estações que compunham esse percurso, de modo a verificar como elas se inserem nas comunidades onde se encontram e as principais medidas adotadas na gestão delas. A metodologia utilizada se divide em duas etapas: levantamento bibliográfico a respeito do patrimônio ferroviário e uma pesquisa de campo junto às edificações desse antigo ramal e aos principais órgãos responsáveis por elas, de modo a entender como se dá a preservação e utilização desses bens.
Os trilhos do percurso a ser analisado passavam por territórios de três cidades da microrregião de São Sebastião do Paraíso: Guaxupé, Muzambinho e Monte Belo. Entre o início e o fim desse trecho, a locomotiva passava por dez estações ferroviárias. Das edificações que compunham o referido ramal, a cidade de Guaxupé ainda possui duas estações: a Estação de Guaxupé e a Estação Coronel Manoel Joaquim. Já a cidade de Muzambinho conta com três estações: a Estação de Muzambinho, a Estação de Moçambo e a Estação de Palméia. Estavam localizadas também no município as Estações de Santa Esméria e a de Montalverne, ambas já demolidas. A cidade de Monte Belo possui duas estações: a Estação de Monte Belo e a Estação de Monte Cristo. A estação do distrito de Juréia já foi demolida.
O que se nota em relação à preservação desses imóveis é, na maioria das vezes, um grande descaso. Poucos são os locais onde as antigas estações estão inseridas de maneira eficiente no cotidiano das comunidades em que se encontram. As principais medidas de salvaguarda verificadas foram o tombamento e o inventário. No entanto, notou-se que somente essas ações não tem sido suficientes para assegurar a proteção desses bens. Assim sendo, essas edificações estão sujeitas a uma série de riscos, como a depreciação, a alteração de sua arquitetura e até mesmo a demolição. O que se nota em relação aos usos das estações na microrregião é que, em grande parte, elas são subutilizadas.
A preservação da memória ferroviária local pode ser considerada uma das maneiras de se proteger os elementos que ainda restam desse importe momento histórico da microrregião de São Sebastião do Paraíso. Além disso, o devido uso das estações pode suprir uma carência por áreas públicas destinadas à população. Nesse sentido, nota-se que essas edificações poderiam exercer uma grande função social nas comunidades nas quais se inserem.
Palavras-chave Patrimônio, ferrovia, Guaxupé
Forma de apresentação..... Oral
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