Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10697

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Zootecnia
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Gabriel Lucas de Oliveira Ladeira
Orientador MARIO FONSECA PAULINO
Outros membros Ághata Elins Moreira da Silva, Anna Flavia Rodrigues da Silva, Ícaro Artuso Lage, Savio Cruz da Silveira Filho
Título Farelo de trigo e ureia em suplementos para bezerros de corte lactentes em pastejo: consumo e digestibilidade
Resumo O farelo de trigo pode ser uma alternativa eficiente em suplementos para bezerros, devido a suas caraterísticas nutricionais e podendo diminuir o custo de produção. Sua proteína tem alta degradabilidade ruminal e possui baixo teor de amido quando comparado a outros grãos, o que pode beneficiar os animais que recebem em sua dieta principalmente forragem de baixa qualidade. Objetivou-se com esse trabalho avaliar os efeitos da substituição do farelo de soja e milho pelo farelo de trigo e ureia na suplementação de bezerros de corte lactentes em pastejo sobre o consumo e digestibilidade. O experimento foi realizado no setor de bovinocultura de corte DZO/UFV, com duração de 140 dias. Foram utilizados 52 bezerros Nelore com idade inicial de 87±4,95 dias e peso inicial médio de 111,3±5,98 kg, distribuídos aleatoriamente entre os tratamentos que consistiram de uma progressiva substituição do farole de soja e milho por farelo de trigo e ureia (0, 50 e 100%), e um grupo controle apenas com mistura mineral Os suplementos foram formulados para conter 200g PB/kg MS, sendo fornecidos diariamente na quantidade de 7g/kg de PC por creep feeding. Para todos os procedimentos estatísticos foi utilizado o PROC MIXED do SAS, adotando-se α = 0,10 como nível crítico para probabilidade de ocorrência do erro tipo II. A análise qualitativa do pasto foi realizada via simulação manual de pastejo a cada 14 dias. No 70º dia foi realizado um ensaio de consumo e digestibilidade. Foram realizadas coletas de amostras “spot” de urina para avaliação da produção da proteína microbiana e as vacas foram ordenhadas no 85º dia do experimento. O consumo de MS, MO, PB, NDT, CNF, MOD e a relação PB:MOD foi maior para os animais que receberam suplementação quando comparados aos não suplementados. Observou-se efeito linear decrescente com a substituição do farelo de soja e milho pelo farelo de trigo e ureia para os consumos de CNF e MOD, já para os consumos de FDNi (kg/dia e g/kg PC), FDNcp (g/kg PC) e relação PB:MOD foi observado efeito linear crescente com o aumento do farelo de trigo e ureia (P < 0,10). Para os consumos de MSF, matéria seca do leite (MSL), FDNcp (kg/dia) e fibra em detergente neutro digerida (FDND) não houve diferença entre os tratamentos. A digestibilidade de CNF foi maior para os animais que receberam suplemento, e observou-se resposta linear decrescente para a digestibilidade de MS, MO, CNF, e MOD com a substituição (P < 0,10). Observou-se reposta quadrática na digestibilidade FDNcp (P < 0,10) apresentando os maiores valores no tratamento com 0% de substituição do farelo de soja e milho. Não observou diferença entre os tratamentos para síntese ruminal de compostos nitrogenados, relação síntese ruminal de compostos nitrogenados: nitrogênio consumido e eficiência microbiana (EMic; P > 0,10). Portanto, a substituição do farelo de soja e milho pelo farelo de trigo e ureia na suplementação de bezerros lactentes em pastejo altera o consumo e digestibilidade dos alimentos.
Palavras-chave nelore, creep feeding, matéria seca
Forma de apresentação..... Painel
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