Resumo |
A técnica da enxertia apresenta-se como alternativa viável que permite a alteração da arquitetura de determinadas espécies de plantas. Em espécies frutíferas, porta-enxertos ananizantes são utilizados com o objetivo principal de aumentar a produtividade das culturas por meio da redução do volume da copa. Estudos em hortaliças englobam principalmente espécies da família das Solanáceas, notadamente o pimentão e o tomateiro. No tomateiro, essa técnica pode ser eficiente para reduzir gastos com mão de obra, elevar o patamar produtivo mediante aumento do vigor das plantas enxertadas, otimizando dessa forma a área destinada ao cultivo. Diante disso, os objetivos neste trabalho foram avaliar a influência de porta-enxertos ananizantes na produção de frutos de tomateiro bem como sua influência em alterações morfológicas na variedade copa quando cultivados em ambiente protegido. O experimento foi realizado entre os meses de junho e dezembro, na Unidade de Ensino, Pesquisa e Extensão “Horta Velha” do DFT/UFV. Foram utilizados três acessos do Banco de Germoplasma de Hortaliças da UFV (BGH 2006, BGH 2077 e BGH 2086) como porta-enxerto e o cultivar Santyno como enxerto. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso com cinco tratamentos (não enxertado, auto enxertado e três porta-enxertos) e seis repetições. As variáveis avaliadas foram: a porcentagem de pegamento (PPE) e índice de compatibilidade da enxertia (IC); as características morfológicas de altura das plantas (AP), o índice de área foliar (IAF), o diâmetro do entrenó (DE) e comprimento do entrenó (CE) e produção de frutos. A PPE (média de 97,03 %) foi considerada satisfatória. Houve boa compatibilidade entre o cultivar Santyno® e os porta-enxertos Santyno®, BGH 2006, BGH 2077 e BGH 2086. O porta-enxerto BGH 2086 proporcionou menor altura de planta e menor comprimento de entrenó. O acesso acima citado foi selecionado. A produtividade do cultivar Santyno® não foi influenciada pela combinação enxerto/porta-enxerto. |