Resumo |
Os Drones são uma realidade em várias áreas da ciência, podendo ser aplicados em energia, mineração, agricultura, agronegócio, rodovias, construção civil e no trabalho de órgãos militares, policiais, ambientais e de defesa civil. Esse fato, se deve ao desenvolvimento de tecnologias como o GNSS, câmeras compactas de alta resolução, baterias de longa duração e uma boa relação custo-benefício, se comparado às técnicas utilizadas na aerofotogrametria clássica. Para aplicações em mapeamentos são utilizadas técnicas de processamento fotogramétricas para elaborar produtos cartográficos, como ortomosaicos e modelos digitais de terreno, que são úteis para gerar informações para o Cadastro Técnico Multifinalitário, sendo este definido de forma geral, como um sistema de informações territoriais. Entretanto, para esta aplicação, é necessário considerar padrões de acurácia posicional, de modo que as estimativas sejam enquadradas de acordo com os padrões do Decreto 89.917/ET-CQDG, que estabelece as especificações técnicas para o controle de qualidade de produtos de dados geoespaciais a nível nacional. Neste contexto, esta pesquisa buscou avaliar a qualidade posicional planimétrica de dois ortomosaicos gerados a partir de imagens obtidas por Drone, com implantação e sem implantação de pontos de controle no terreno. A área de estudo está localizada na área urbana do município de Durandé – MG e possui cerca de 72300 m². De modo geral, foi realizado o levantamento aerofotogramétrico com o Drone Mavic Pro, portando uma câmera FC220 com distância focal de 4.73mm. O plano de voo foi realizado no software DroneDeploy com recobrimento lateral e longitudinal de 80% e altura de voo de 113m. Levantou-se as coordenadas de 4 pontos de controle, através de um receptor GNSS RTK marca CHC X900. O processamento das imagens foi realizado no software Agisoft PhotoScan. As análises estatísticas dos produtos gerados foram realizadas no software GeoPEC. Como resultados, temos que, em relação a comparação das discrepâncias entre os pontos obtidos com GNSS e o processamento com pontos de controle, o valor máximo foi de 0,103m e a média foi de 0,069m. Contudo, quando não são utilizados pontos de controle os resultados foram mais discrepantes, sendo a discrepância máxima de 3,540m e média de 2,440m. No que se trata do Decreto 89.917/ET-CQDG o ortomosaico gerado sem os pontos de controle possui as seguintes classificações: escala 1/25.000 a classe é A, escala 1/10.000 classe B, escala 1/5.000 classe D e para escalas maiores não houve classificação. Em contrapartida, o processamento de dados com pontos de controle foi classificado na escala 1/1.000 como classe A. Conclui-se que é preciso analisar com cuidado as técnicas utilizadas em levantamentos e processamentos utilizando Drones para CTM, visto que, há diferenças significativas entre as coordenadas obtidos ao se utilizar ou não, pontos de controle. |