Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10661

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Naila Diniz e Castro
Orientador ARISTEA ALVES AZEVEDO
Outros membros Brenda Vila Nova Santana
Título Efeitos do acúmulo de alumínio na espécie medicinal nativa Pfaffia glomerata
Resumo A espécie medicinal nativa Pfaffia glomerata é amplamente utilizada no preparo de infusões em busca de benefícios terapêuticos. Alguns acessos do gênero Pfaffia apresentam tolerância ao alumínio (Al), na qual o metal penetra o interior das células e é translocado desde as raízes até a parte aérea. Estudos com outras espécies medicinais indicam que o Al pode ser liberado em infusões, ingerido e acumulado no organismo humano, apresentando toxicidade. Níveis tóxicos de Al nos tecidos cerebrais têm sido relacionados ao Mal de Alzheimer, patologia que provoca progressiva degeneração das funções cerebrais. No presente trabalho, objetivou-se histolocalizar e quantificar os níveis de Al em folhas e raízes de P. glomerata; avaliar seus efeitos no desenvolvimento do vegetal; e relacionar o acúmulo de Al às concentrações de fenóis, uma das classes de metabólitos secundários envolvidas nas propriedades fitoterápicas. Explantes nodais obtidos de dois acessos de P. glomerata (22 e 43) foram cultivados in vitro durante 50 dias, em meio líquido Murashige e Skoog (MS), sob as concentrações crescentes de Al 0, 100, 500 e 1000μM. Os resultados obtidos foram semelhantes para ambos os acessos. A análise histoquímica, feita com o reagente Chrome Azurol S, confirmou a presença de Al nos tecidos radiculares e foliares de plantas cultivadas em meios com a presença de Al. Nas folhas, os principais sítios de acúmulo foram identificados no vacúolo, núcleo e floema. Nas raízes, o acúmulo foi observado principalmente no núcleo da região meristemática e células adjacentes. Verificou-se também, no entorno da raiz, aglomerados cuja reação foi positiva para a presença de Al, podendo indicar a complexação do Al com mucilagem, uma possível estratégia de proteção, impedindo a entrada do metal. Em relação ao desenvolvimento do vegetal, observou-se redução progressiva no acúmulo de biomassa nas folhas, com diminuição nos valores de peso seco em ambas as espécies, bem como alongamento dos entrenós. Nas raízes, ocorreu encurtamento e engrossamento, com peso seco constante no acesso 43 (o engrossamento compensou a redução no comprimento), enquanto no acesso 22, foi registrado menor acúmulo de biomassa em plantas cultivadas sob 500 e 1000μM. A análise de fenóis solúveis totais revelou uma relação neutra entre as concentrações crescentes de Al e estes metabólitos, sugerindo que não houve interferência sobre parte de suas propriedades medicinais, e que os mecanismos de tolerância ao Al podem ser dependentes de outras vias metabólicas. Tais resultados confirmam o elevado grau de resistência e adaptação de P. glomerata à presença de Al, uma vez que os danos causados foram moderados; além disso, alertam para a cautela com seu consumo, devido à capacidade de armazenamento de Al no interior das células de Pfaffia.
Palavras-chave cultivo in vitro, fitoterápico, histolocalização
Forma de apresentação..... Painel
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