Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10648

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Lorraine Rossi Signorelli Machado Dornelas
Orientador EVANDRO SILVA FAVARATO
Outros membros Cecília Lourenço Pereira, EMILY CORRENA CARLO REIS, Laura Juana Duarte Muñoz Muñiz, LEANDRO ABREU DA FONSECA, Thais de Oliveira
Título Displasia renal em uma cadela filhote da raça Shih Tzu – relato de caso suspeito
Resumo Displasia renal é uma afecção incomum, congênita e hereditária, descrita como uma doença renal familiar em varias raças (Lhasa Apso, Shih Tzu, Poodle e Soft-Coated Wheaten Terrier). É caracterizada por uma desorganização estrutural do parênquima renal ocorrido durante a embriogênese, levando a uma nefropatia crônica em indivíduos jovens, entre 4 meses e 2 anos de idade. O exame ultrassonográfico auxilia na identificação de alterações renais sugestivas da doença. O diagnóstico definitivo é realizado através de exame histopatológico. Este trabalho tem por objetivo relatar um caso sugestivo de displasia renal em cão. Uma canina, fêmea, Shih Tzu, com 9 meses de idade, foi atendida no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Viçosa, com histórico prévio de vômitos, anemia e azotemia. Foi relatado emagrecimento progressivo e disorexia. O exame físico revelou desidratação 7% e mucosas hipocoradas. O hemograma mostrou anemia (hematócrito 13%) não regenerativa com grau mínimo de regeneração (contagem de reticulócitos 33.000 células/µl). A urinálise demonstrou baixa capacidade de concentração urinária (urina amarelo clara com densidade 1,007) e proteinúria. A perda proteica pela urina foi confirmada pela relação proteína:creatinina urinária (6,4). A bioquímica sérica revelou elevação dos níveis de fostatase alcalina (263 U/l), cálcio (14,25 mg/dl), fósforo (15,09 mg/dl) e azotemia (ureia 224,4mg/dl e creatinina 7,38 mg/dl). A pressão arterial sistólica aferida pelo método Doppler mostrou hipertensão (210 mmHg). À ultrassonografia observou-se perda acentuada da arquitetura interna no rim esquerdo e arquitetura não definida em direito, além de perda acentuada da definição córtico-medular em rim esquerdo. O exame histopatológico não foi recomendado devido ao quadro clínico do animal. O histórico, achados clínicos, laboratoriais e ultrassonográficos levaram ao diagnóstico sugestivo de displasia renal com doença renal avançada (estágio IV). Desta forma, foi prescrito tratamento paliativo a base de eritropoietina, antiemético (ondansetrona), protetor gástrico (omeprazol), inibidor da enzima conversora de angiotensina (benazepril), dieta, estimulante de apetite e ômega, com propósito de reduzir a progressão da doença e fornecer qualidade de vida. Com o acompanhamento do caso clínico apresentado pode-se concluir que a displasia renal deve ser considerada como possível diagnóstico em animais jovens, com sinais clínicos compatíveis com doença renal crônica e com predisposição racial. Por se tratar de uma doença congênita ou hereditária é importante evitar a reprodução e, desta forma, incidência da mesma. O diagnóstico definitivo nem sempre é possível, pois o quadro clínico na maioria das vezes não permite a realização de biópsia renal e a realização do histopatológico post mortem depende da autorização do proprietário. Entretanto, a ultrassonografia é sempre recomendada, pois auxilia na determinação do grau de comprometimento renal e do prognóstico.
Palavras-chave Displasia renal, diagnóstico, doença renal crônica
Forma de apresentação..... Painel
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