Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10645

ISSN 2237-9045
Instituição Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Fitotecnia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Ana Luiza Prado Soares
Orientador Waldenia de Melo Moura
Outros membros Gustavo de Paula Gruppi, Tatiane Cravo Ferreira, Valéria Santos Cavalcante
Título Influência da arborização sob a incidência de doenças em café arábica
Resumo O cultivo de café arborizado produz microclima que pode amenizar os efeitos de elevadas temperaturas, dos danos causados por doenças, ventos fortes e proporciona melhorias nas características do solo. Este sistema pode ser utilizado como alternativa para a diversificação da produção e redução de insumos químicos utilizados no cultivo convencional e consequentemente contribuindo para a sustentabilidade de produção. Porém, ainda são escassos os trabalhos que avaliam a incidência de doenças em café consorciado com frutíferas. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a incidência das principais doenças do café arábica em sistema arborizado com bananeiras e abacateiros. O experimento foi instalado no Campo Experimental Vale do Piranga da EPAMIG, Oratórios, MG, em delineamento de blocos ao acaso com 22 cultivares e três repetições. As parcelas foram constituídas de 7 plantas, com espaçamento de 0,7 x 3,6m, entre plantas e fileiras, respectivamente. Plantaram-se bananeiras nas linhas dos cafeeiros espaçadas em 11,80 m e abacateiros nas extremidades da área experimental espaçados em 25 x 25 m. As adubações foram realizadas com adubo químico com base nas análises de solo e a necessidade da cultura. Foram avaliadas em 2018 as características: vigor vegetativo, com notas de 1 a 10; ciclo de maturação, com notas de 1 a 3, onde 1= precoce, 2= intermediário e 3= tardio; severidade de ferrugem (Hemilea vastatrix), com notas de 1 a 5; severidade de cercosporiose (Cercospora caffeicola), com notas de 1 a 5; intensidade de seca de ponteiro, com notas de 1 a 4. Em relação à severidade de ferrugem, as cultivares foram divididas em dois grupos: o primeiro apresentou poucos sintomas, sendo composto por 13 cultivares, que em sua maioria apresentam resistência ou tolerância genética ao patógeno, enquanto que o segundo, composto pelas demais cultivares, apresentou moderados sintomas. Para a severidade de cercosporiose, 59% das cultivares apresentaram leves sintomas, enquanto as demais apresentaram moderados sintomas. Este resultado foi provavelmente reflexo do aumento da umidade do solo e da ciclagem de nutrientes, que reduzem o estresse hídrico, nutricional e a incidência da doença. Quanto ao ciclo de maturação, 73% das cultivares apresentaram ciclo precoce, já as outras apresentaram ciclo intermediário. Para o vigor vegetativo, a média geral foi 6,59. A maioria das cultivares apresentou poucos sintomas de intensidade de seca de ponteiro, enquanto que apenas 18% das cultivares obtiveram moderada intensidade, provavelmente está associado a função quebra-vento dos abacateiros e das bananeiras, uma vez que a doença pode ser causada por efeito indiretos ventos anticiclônicos. O sistema arborizado propicia boas condições edafoclimáticas ao cafeeiro, com baixa incidência de doenças. Agradecimentos ao Consórcio Pesquisa Café e a FAPEMIG pelo apoio financeiro do projeto e pelas bolsas concedidas aos autores.
Palavras-chave Coffea arabica, consórcio com frutíferas, severidade de doenças
Forma de apresentação..... Painel
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