Ciência para a Redução das Desigualdades

15 a 20 de outubro de 2018

Trabalho 10621

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Entomologia
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Morgana de Souza Miranda
Orientador ELISEU JOSE GUEDES PEREIRA
Outros membros Clébson dos Santos Tavares, João Marcus Lima de Matos, Mateus Antero Nogueira, Vinicius Rocha Moraes
Título Sobrevivência de diferentes genótipos de Spodoptera frugiperda em milho Bt piramidado Cry1A.105+Cry2Ab
Resumo O desenvolvimento de resistência de Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae) a milhos Bt tem sido um grande desafio à eficácia desta tecnologia para o controle desta praga no Brasil. Em uma população, os indivíduos resistentes a uma dada toxina podem ter distintos genótipos, cuja suscetibilidade pode ser diferente em milhos Bt. Somado a isso tem-se que os indivíduos heterozigotos são os principais carreadores de alelos de resistência. Assim, o objetivo neste trabalho foi determinar a suscetibilidade de diferentes populações de S. frugiperda e dos seus insetos heterozigotos ao milho piramidado Cry1A.105+Cry2Ab. Para tanto, as populações de S. frugiperda LabSS (suscetível), MTHX (resistente a Cry1F), BABt (resistente a Cy1A.105 e Cry2Ab) e o cruzamento entre elas constituíram os diferentes genótipos testados. A obtenção dos heterozigotos foi feita mediante o cruzamento entre 20 machos e 20 fêmeas de cada população resultando em três combinações possíveis (Lab x MT, Lab x BABt e MT x BABt). Híbridos de milho Bt produzindo as toxinas Cry1A.105+Cry2Ab e seu isogênico não-Bt foram cultivados em casa de vegetação seguindo as práticas agronômicas recomendadas para a cultura na região. Larvas neonatas (<24 h) dos seis genótipos de S. frugiperda foram alimentadas com folhas de milho Bt e não-Bt até o estádio de pupa. Para cada genótipo foram testados 80 indivíduos distribuídos em 16 repetições. A sobrevivência larval nos híbridos de milho foi avaliada diariamente até os 17 dias de idade e os dados foram submetidos a análise de sobrevivência. A significância das diferenças entre as curvas foi determinada pelo teste Long-rank e as comparações múltiplas foram feitas pelo teste Holm-Sidak (α = 5%). Como esperado, ambos os genótipos de S. frugiperda apresentaram alta sobrevivência no milho não-Bt. Em contraste, os heterozigotos provenientes do cruzamento entre as duas populações resistentes (MT x BABt) apresentou sobrevivência similar à população resistente ao milho Cry1A.105+Cry2Ab. Os demais genótipos de S. frugiperda apresentaram alta mortalidade no híbrido de milho Bt. Esses resultados indicam que o cultivo de milho Bt Cry1A.105+Cry2Ab em locais onde há alta proporção de indivíduos resistente a Cry1F pode acelerar o desenvolvimento de resistência ao milho piramidado Cry1A.105+Cry2Ab porque os insetos heterozigotos resultantes do cruzamento entre estes genótipos resistentes apresentam alta sobrevivência no híbrido de milho piramidado.
Palavras-chave Resistência, Lagarta-do-cartucho, Heterozigotos
Forma de apresentação..... Oral
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